Após um encontro de oito horas e meia na zona desmilitarizada, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, decidiram tomar medidas para reduzir as tensões, iniciar conversas com os EUA - que também podem incluir a China - e estabelecer um escritório de relações intercoreanas.
Um comunicado conjunto, chamado Declaração de Panmunjon, também prevê que seja iniciado o reencontro de famílias de ambos os lados, separadas pela Guerra da Coreia, e uma viagem de Moon a Pyongyang para uma nova reunião de cúpula durante o outono asiático.
Num momento surreal de um dia repleto de simbolismos, Kim e Moon deixaram seus assessores e caminharam lado a lado em direção ao banco de um parque, onde conversaram por mais de meia hora.
"Vamos trabalhar para evitar outra horrível guerra", disse Kim, após assinar a declaração conjunta. "Com um idioma, uma cultura e uma história, as Coreias do Norte e do Sul se juntarão como uma nação."
Em um pódio próximo a Kim, Moon classificou o progresso de Pyongyang na questão nuclear, incluindo uma promessa feita por Kim recentemente de congelar testes nucleares e o lançamento de mísseis de longo alcance, como um "começo valioso".
No comunicado, as Coreias confirmaram compartilhar o mesmo objetivo de perseguir "a completa desnuclearização da Península Coreana".
O texto conjunto cita a palavra "paz" onze vezes, mas menciona "nuclear" e "desnuclearização" apenas quatro vezes, mostrando a ênfase de ambos os lados em reduzir as hostilidades e construir novos laços. Fonte: Dow Jones Newswires.
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