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Suspeita de febre amarela reduz em 80% turismo em GO
Do Diário do Grande ABC
18/01/2000 | 17:24
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A suspeita de casos de febre amarela silvestre provocou a queda de 80% no movimento de turistas em Alto Paraíso, GO, nas duas últimas semanas.

Após a divulgaçao da morte do estudante Allesson Neres, 19 anos, que teria contraído a doença durante o réveillon na Chapada dos Veadeiros, quase cem pacotes turísticos foram cancelados.

De acordo com Helvia Angelli, assessora da Secretaria de Turismo e Meio Ambiente, a cidade está parada. "Os pacotes foram cancelados, os guias estao parados e o comércio de Alto Paraíso está amargando prejuízos", afirmou. O município vai fazer, em parceria com a Universidade Católica de Goiás, um estudo para tentar dimensionar os efeitos da febre amarela no turismo local.

A 220 quilômetros de Brasília, Alto Paraíso é considerada uma das cidades mais místicas do mundo. Apesar de pequena, abriga integrantes de cerca de 40 religioes e toda sua economia vive em torno do esoterismo.

Segundo estimativas da prefeitura, em Alto Paraíso há um terapeuta para cada 50 habitantes e a maioria das pessoas que procura a cidade para consultas ou moradia é estrangeira.

Aos turistas, segundo Helvia Angelli, a prefeitura esclarece que nao foi constatado um caso sequer de febre amarela entre os moradores da cidade. Os 8 mil moradores da cidade foram vacinados. "Estamos fazendo um acompanhamento sério da doença" afirma Helvia.

Area rural - Em Brasília onde mais de 400 mil pessoas já foram vacinadas. A Vigilância Epidemiológica do DF vai intensificar o acompanhamento da doença na área rural e na divisa com Goiás, na regiao chamada de Entorno. Outras 500 mil pessoas devem ser vacinadas. O governo do Distritro Federal recebeu há uma semana 1 milhao de doses de vacinas do Ministério da Saúde.

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do DF, Ivone Peres de Castro, desde 1991 a Secretaria de Saúde faz campanhas de vacinaçao contra a febre amarela na zona rural. "Nao existe motivo para pânico", afirma, descartando a possibilidade de um surto da doença em Brasília.

Segundo Ivone, no ano passado esquipes volantes percorreram a área rural três vezes, vacinando 2.442 pessoas. "Há um monitoramento rígido da doença na regiao", afirma a coordenadora.




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