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Montadora relaciona emprego a redução de IPI
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
06/03/2009 | 07:00
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Claudiney Plaza/ DGABC


O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, afirmou que a direção da GM (General Motors) está irredutível em renovar os 1.633 funcionários temporários. "Não considero esta reunião a última, vamos tentar todos os artificios para conseguir reverter esta situação", afirmou.

O sindicalista disse que o executivo da montadora norte-americana está deixando claro que a normalidade da produção da empresa está ligada diretamente a prorrogação da redução do IPI (Imposto Sobre Produto Industrializado) que deveria acabar no dia 31.

A prorrogação ainda é tema de discussões na Esplanada dos Ministérios. A área econômica do governo federal resiste a idéia da prorrogação, notadamente o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Posição oposta assumiu o ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge, ex-executivo da Volkswagen.

O presidente da GM no Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, havia afirmado, durante lançamento do Vectra V3 esta semana, disse que apesar de defender a redução, não a vê como melhor saída para um cenário de crise de vendas.

REUNIÃO - Cidão disse que - durante a reunião que aconteceu ontem para discutir a situação dos temporários que estão de licença remunerada desde 19 de janeiro - sentiu que o presidente da GM informou que o planejamento de mercado para a montadora este ano, deve voltar aos patamares de 2007. "Todos nós estamos vendo como a redução do IPI tem ajudado a vender mais carros novos. Por isso, acho que a prorrogação do imposto pode ajudar a manter até os empregos dos efetivos. Ainda temos esperança de voltarmos a mesa de negociação se o cenário mudar", comentou.

O dirigente sindical comentou ainda que alguns funcionários ligaram para a entidade para reclamar que o serviço na linha de produção está muito puxado, devido à diminuição no número de trabalhadores. "Levamos este argumento e vários outros para a mesa de negociação, mas mesmo assim não sensibilizamos. A montadora ainda colocou 300 funcionários efetivos de licença remunerada durante este mês. Não dá para entender?", questionou. E disse ainda, "se tivermos certeza de que os trabalhadores estão sendo prejudicados deveremos parar a fábrica, porque não é justo fazer economia nas custas deles."




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