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Rebelo e Chinaglia vão para a disputa, mas sem agressões
05/01/2007 | 23:10
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Em disputa pela presidência da Câmara, os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), atual presidente, e Arlindo Chinaglia (PT-SP), disseram nesta sexta-feira, em solenidade no Palácio do Planalto, que é irreversível a decisão de concorrer ao cargo. Durante a cerimônia de sanção da Lei de Saneamento Básico, eles fizeram questão de se abraçar e conversar amistosamente diante das câmeras, na estratégia de mostrar que vão manter uma relação pessoal e política sem agressões.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a rir da situação dos dois aliados. Sentado ao lado de Aldo Rebelo, Lula apontava para Chinaglia e ria. Nem no discurso o presidente fez menção à disputa dos dois, apesar de deixar claro nos bastidores a preferência por Rebelo.

A uma pergunta se o abraço em Chinaglia era um gesto de conciliação, Aldo disse que “a democracia comporta tanto a disputa quanto o acordo”. E repetiu a resposta, ao ser questionado se um consenso entre ele e Chinaglia para a definição de um único candidato seria possível.

Sobre a possibilidade de ocupar um ministério no segundo mandato do presidente Lula, caso perca a disputa, Aldo declarou: “Sou candidato à presidência da Câmara. A minha candidatura não é um projeto pessoal, mas de um conjunto de partidos”.

Chinaglia, por sua vez, foi irônico ao comentar declaração do ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, de que tanto ele quanto Aldo tem capacidade de ser ministro. “Me sinto honrado com as palavras do ministro; avalio que elas são válidas para o deputado Aldo Rebelo”, disse. “Não é apropriado tratar de ministério neste momento”.

Ele afirmou que os dois fizeram uma avaliação política das candidaturas e firmaram um pacto de manter o nível da relação política e pessoal entre ambos num encontro de duas horas que tiveram nesta sexta-feira.

“Trocamos idéias como sempre fizemos. É de nossa responsabilidade manter o nível que vem sendo mantido com absoluto respeito entre nós”, comentou. “Foi uma conversa franca e rasgada”.

Os dois chegaram juntos à Câmara depois da solenidade de sanção da lei do Saneamento, no Palácio do Planalto. Depois do encontro, ambos discutiram o quadro de sucessão em encontro reservado de quase uma hora e meia.

Os dois candidatos foram contidos ao comentar o encontro no gabinete da presidência da Casa. Rebelo afirmou que os dois “estão firmes” com suas candidaturas.



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