É só a semana de prova ou um compromisso se aproximar para que a ansiedade de Leonardo Vassoler, 13 anos, de Santo André, aflore. Ele fica irritado, rói a unha, acorda cedo, não para quieto na aula, come a ponta da caneta e devora a comida em um piscar de olhos. Estes sintomas o incomodam. "Fico cansado, não consigo dormir e tudo vai acumulando."

O garoto percebeu as mudanças no comportamento aos 10 anos, quando foi para o 6º ano do Ensino Fundamental. "Comecei a ter mais aulas e provas. Fiquei ainda mais nervoso. Até os professores pedem para ficar calmo, mas é difícil", confessa. Ele já foi ao médico, mas pretende voltar para continuar o tratamento.

A mãe o aconselha a começar a estudar antes para as provas. "Já fui mal porque deu branco de tão impaciente que estava." Sabendo como é, Leonardo acredita que sua ansiedade pode aumentar no próximo ano com a mudança de colégio e período de estudo. "Dizem que as provas são surpresas. Vou ficar ansioso todo dia", prevê.