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Polícia prende 3 acusados de antentado à secretaria em SP
Do Diário OnLine
16/02/2002 | 18:55
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Três homens acusados de serem os autores do atentado a bomba contra a sede da Secretaria de Administração Penitenciária, no centro de São Paulo, foram apresentados pela Polícia Civil neste sábado. Segundo a polícia, o mandante do atentado é um preso que faz parte da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PPC) preso no Carandiru.

Ricardo Felix de Carvalho, o Boca, 20 anos, que teria passado de carro em frente à secretaria e arremessado a bomba, foi preso durante a madrugada na Favela da Caixa-D'Água, em Cangaíba (zona Leste), junto com João Carlos Alves da Silva, 27, que teria guiado os autores do crime até a secretaria. Eles confessaram a participação na ação e tiveram a prisão temporária decretada.

O terceiro preso apresentado pelos policiais é Erizanor Leite de Melo, 39 anos, dono do Santa azul preto utilizado na ação. Ele foi preso em flagrante no mesmo dia do atentado, quando o automóvel foi localizado.

O adolescente que acompanhou Boca na ação continua foragido. Segundo o delegado Jorge Carlos Carrasco, da 1ª Seccional, ele é irmão de um membro detido do PCC — Edson Rodrigues da Silva. Este teria recebido ordem para executar o plano do detento do Cadeião de Pinheiros Jair Faca Júnior, mais graduado dentro do PCC. No entanto, os suspeitos já detidos negam ligação com o PCC.

Investigações — Nesta sexta-feira à noite, a secretaria foi alvo de outro atentado. O prédio, localizado na avenida São João, foi atingido por uma granada de gás lacrimogêneo atirada por dois homens em uma motocicleta, segundo relatos de testemunhas. Duas mulheres ficaram feridas levemente, atingidas por estilhaços da bomba.

Para a polícia, existe relação entre o atentado com granada e a explosão desta sexta. Junto com a bomba de gás lacrimogêneo, foi deixado um lençol com a inscrição "PCC". O delegado investiga ainda a ligação do crime com o ônibus que transportava agentes penitenciários e foi metralhado em São Vicente no último dia 29.

Leite, dono do carro, foi preso com um revólver calibre 12 e uma pistola 380. O delegado enviou as armas para o Instituto de Criminalística para verificar se elas foram utilizadas no atentado de São Vicente.

Nesta sexta, Edson, o suposto mandante do atentado, foi transferido do Cadeião de Pinheiros. Para o delegado, o atentado foi uma espécie de resposta à sua determinação.




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