Segundo Temer, ele e o presidente Argentino, Mauricio Macri, falaram dos acordos para que o Mercosul consiga concluir uma aliança com a União Europeia.
"Aproveitamos para fazer uma reunião eu e Macri sobre questão da aliança Mercosul-União Europeia, que vai bastante avançada", disse. "Temos alguns pequenos pontos para ainda resolver, mas os chanceleres da União Europeia e do Mercosul vão se reunir muito proximamente e eu acho que depois de 19 anos nós talvez fechemos em definitivo o acordo Mercosul-União Europeia", completou, sem responder quando deve acontecer a reunião dos chanceleres.
Negociado desde 1999, o entendimento esteve perto de uma conclusão em 2004. Mas o Mercosul considerou na época que a oferta dos europeus era insuficiente. O processo ficou congelado por anos e, em 2016, voltou a ser negociado. O objetivo do governo de Michel Temer era anunciar o tratado em dezembro do ano passado. Mas, com uma oferta de abertura dos europeus uma vez mais insuficiente, o processo foi bloqueado.
Temer disse ainda que conversou com o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, para que façam em breve uma aliança do Mercosul com o Pacífico.
Saindo do Congresso, Temer foi até Cerro Castillo onde está sendo oferecido um almoço para as autoridades apenas para mais um cumprimento. Ele já deixou o local e retorna para Brasília.
Chile. Temer também comentou o fato de vir prestigiar a posse de Piñera e destacou que ambos tem "a mesma visão de mundo". "Vim cumprimentar o presidente eleito Sebastian Piñera, tendo em vista o fato de que nós temos uma relação comercial fortíssima, são mais de US$ 8 bilhões na nossa relação comercial, que aumentou, alias, em 2015, 2016 e 2017", disse. "E em segundo lugar temos mais ou menos a mesma visão de mundo", completou.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil é o principal destino dos investimentos chilenos no mundo, com estoque de US$ 31 bilhões, e seu primeiro parceiro comercial na América do Sul. O Chile, por sua vez, é o segundo parceiro comercial do Brasil na região, com intercâmbio comercial da ordem de US$ 8,5 bilhões, em 2017. Os dois países assinaram, em 2015, Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos e, atualmente, negociam acordos de compras governamentais e de serviços financeiros.
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