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São Caetano experimenta boom de novas empresas
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
23/02/2002 | 17:52
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  Nos últimos cinco meses, a cidade de São Caetano registrou um aumento de 47,08% no número mensal de registros de aberturas de empresas. Foram 1.768 aberturas, um dado significativo que favorece o conceito de mudança do perfil de crescimento da cidade, voltado à prestação de serviços, contas e comércios, segundo o diretor de Desenvolvimento Econômico da cidade, Jerson Ourives.

O índice significa ainda um crescimento mínimo do mesmo número de empregos gerados – cada empresa tem de ter pelo menos um profissional – e uma média de 353 novas empresas em funcionamento por mês, ante o índice médio registrado nos dois anos anteriores, período no qual o município recebia 240 novas empresas ao mês.

No mercado formal, o município conta atualmente com 72.134 postos de trabalho, sendo a maioria no setor de serviços (45.727), seguida pela indústria (14.670) e pelo comércio (9.211) – os demais agrupam os profissionais cadastrados no segmento de construção civil e de agropecuária.

O salto abrangeu todos os segmentos da economia da cidade. Na indústria, em setembro de 2001, havia 753 empresas estabelecidas ante as 771 atuais; no comércio, o montante de empresas passou de 4.632 para 4.880, enquanto na prestação de serviços e profissionais autônomos o número cresceu de 19.105 para 20.607.

Para Ourives, a atratividade foi fundamentalmente concentrada nas empresas de serviços, com predominância das áreas de tecnologia, segurança patrimonial, leasing e corretoras de seguros.

Segundo Ourives, o principal fator que levou a esse crescimento foram os incentivos fiscais. “Agora, a cidade precisa passar por uma nova adequação que garanta a infra-estrutura necessária aos recém-instalados, principalmente no que se refere a hotéis e restaurantes de alto nível.”

Na avaliação do membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico José Antônio Benedetti, o reflexo desta ampliação é positivo para São Caetano, tanto que a Prefeitura está realizando uma pesquisa no centro da cidade — uma das perguntas refere-se às necessidades de refeição popular, devido ao aumento do número de profissionais em São Caetano.

Além disso, a administração já trabalha com base no parâmetro que mostra que no período das 13h às 15h as pessoas têm dificuldade em conseguir uma vaga para alimentação. Outra necessidade resultante do crescimento da quantidade de profissionais no município refere-se à demanda por restaurantes mais sofisticados, voltados ao atendimento diferenciado de executivos. “No momento temos três restaurantes renomados da Grande São Paulo pesquisando espaço para se instalar na cidade.”

Impostos – O recolhimento de ISS (Imposto Sobre Serviços) é um dos principais responsáveis pelo interesse em investir na cidade, segundo Ourives. O valor remetido aos cofres públicos passou de R$ 16 milhões, em 1997, para mais de R$ 31 milhões, em 2000, e chegou a R$ 34 milhões no ano passado. De acordo com dados estatísticos da diretoria de Desenvolvimento Econômico, a renda per capita da população, de 140.144 habitantes, predominantemente das classes B (45%) e C (32%), atualmente é de US$ 16,5 mil, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) municipal registra o valor de US$ 2,3 bilhões.

 Em parâmetros socioeconômicos, a renda familiar média da cidade é superior a R$ 2,2 mil mensais e o potencial de consumo atingiu a marca de US$ 657 milhões em 2001, cujo balanço verificou, ainda, na questão de posses de bens e serviços domésticos, que 100% da população dispõe de aparelho refrigerador; 99%, TV em cores; 97%, telefone fixo; 67%, automóvel; 46%, telefone celular; e 41%, microcomputador.




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