"Acho que nossas quadras de treino são boas e super adequadas para os treinos", afirmou Roberto Marcher, diretor do torneio brasileiro, de nível ATP 250. "Em Hamburgo, no país conhecido por ter as melhores quadras de saibro da Europa, o Bellucci treinava numa quadra bem pior que as nossas. E lá o torneio é de nível ATP 500", comparou.
Em uma avaliação geral sobre a competição, Marcher considerou a edição 2018 do Brasil Open "espetacular". "Foi espetacular, o melhor Brasil Open de todos", avaliou, ao considerar as dificuldades de se transferir o torneio novamente para o Ibirapuera - foi disputado no Esporte Clube Pinheiros nas duas edições anteriores, em 2017 e 2016.
"Não é fácil tirar o torneio de um local privado para um local estatal. Tem negociações financeiras. E saiu de um local descoberto, com seis quadras para jogar e mais tantas para treinar. E vem para cá, com apenas duas quadras para jogar, mas indoor. A vantagem é que não chove. Mas a programação é complicada de montar porque há menos quadras."
Outra vantagem apontada por Marcher é a capacidade maior de público na quadra central. Atualmente o Ginásio do Ibirapuera consegue abrigar pouco mais de 9 mil pessoas. E, na final deste domingo, recebeu 7.667 torcedores. Para efeito de comparação, a quadra central do Rio Open, montada no Jockey Club Brasileiro, possui 6.200 lugares. E lá a quadra não passou de 80% de lotação no sábado e no domingo, dias das semifinais e finais, segundo conferiu in loco a reportagem do Estado.
No total, o Brasil Open deste ano recebeu 42.548 torcedores ao longo da última semana, em sua 18ª edição. Só teve público menor do que no ano de 2013, quando o astro da competição foi o espanhol Rafael Nadal. Naquele ano, cerca de 45.000 compareceram ao ATP 250 brasileiro ao longo de sete dias de disputas da chave principal.
Para outra comparação, o Rio Open deste ano foi acompanhado por aproximadamente 48.000 torcedores, sendo que a competição carioca é de nível ATP 500 e teve, entre outros atrativos, a presença dos duplistas brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares, que estão entre os melhores do mundo, e contou com três tenistas do Top 10 do ranking de simples.
Para o diretor do Brasil Open, o bom público em São Paulo se deve ao amadurecimento dos torcedores. "Aqui, se um brasileiro perde, o público continua (no Ibirapuera para assistir a outros jogos envolvendo tenistas estrangeiros). O brasileiro está começando a gostar mais de tênis, a entender", opinou.
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