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Metalúrgicos buscam igualdade e diversidade
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
26/08/2007 | 07:15
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Apesar das cláusulas econômicas terem o maior peso na negociação das campanhas salariais e captarem a atenção de todos os trabalhadores, a classe metalúrgica percebeu que existem necessidades que vão muito além do bolso: a qualidade dentro e fora do ambiente de trabalho.

E por isso que a categoria está lutando agora para incluir diversas reivindicações que fazem parte das cláusulas sociais.

O presidente da FEM-CUT-SP (Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo), Valmir Marques, o Biro-Biro, explica que a política adotada pela categoria vem passando por transformações.

“Entramos em um profundo debate sobre a convenção coletiva, para dar ênfase nas discussões que correspondem à realidade dos metalúrgicos. É o momento de discutir o mundo do trabalho, as necessidades da categoria e atualizar a pauta”, explica o dirigente.

No entanto, o sindicalista afirma que por serem novidades e trazerem sempre alguma mudança nas relações com os trabalhadores, a resistência do setor patronal em aceitar qualquer que seja a cláusula é muito grande.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijóo, conta que as reivindicações sociais fazem parte da luta pela igualdade de oportunidade, uma das bandeiras levantadas neste ano.

“Estamos procurando trabalhar para que haja a contratação com diversidade no setor metalúrgico, dando oportunidade à jovens, e trabalhadores com mais de 40 anos, mulheres e pessoas com deficiência”, comenta Feijóo.

CLÁUSULAS

Entre as reivindicações sociais deste ano, Biro-Biro conta que uma das principais é trabalhar as regras para terceirização e pessoas jurídicas. A categoria é contra as operações nesse formato, além de ser contra a lei ter esse tipo de contratação em atividades fim de uma empresa.

A questão das pessoas que adquirem doenças de trabalho também está entre as lutas deste ano. A categoria espera que as empresas tenham maior responsabilidade por trabalhadores portadores de qualquer problema causado durante a atividade produtiva. “É uma questão de responsabilidade social”, diz o presidente da federação.



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