O dólar comercial inverteu nesta tarde a tendência de alta verificada no início dos negócios e fechou a segunda-feira em queda de 0,50%, cotada a R$ 3,350 para a compra e R$ 3,355 para a venda. O clima foi de tranqüilidade no mercado de câmbio devido à captação de recursos pelos bancos no exterior e pelo resultado positivo da balança comercial. No ano, a balança acumula saldo superior a US$ 3,6 bilhões.

Nos últimos dias, o nervosismo causado pela guerra nos mercados externos é amortizado no mercado interno com bons resultados da economia doméstica. Prova disso é que, no mês, o dólar comercial teve queda acumulada de 6,15%.

Mas, apesar de o dólar andar na contramão dos demais mercados, há quem aposte numa trégua do otimismo nos próximos dias, já que a resistência iraquiana se mostra cada vez maior na segunda guerra do Golfo. Neste final de semana, quatro soldados americanos morreram em um ataque suicida e o Iraque anunciou contar com quatro mil mártires árabes contra as forças de coalizão.

Antes do início do conflito, as apostas eram de uma guerra curta, o que poderia impulsionar a economia mundial, ao invés de provocar uma recessão. Mas a resistência iraquiana gera expectativa em relação a uma guerra longa e tensão nos mercados, com o preço do petróleo começando a apresentar alta.

Bovespa - O mercado de ações, no entanto, cedeu nesta segunda e acompanhou o pessimismo dos mercados externos. A elevação da projeção da inflação deste ano pelo Banco Central também contribuiu para a queda na Bolsa de Valores de São Paulo, que caiu 1,08%, aos 11.273 pontos.