Apesar da imagem meio careta, o tal do Mickey é um ratinho gente fina. Muitas vezes, é ele mesmo quem dá as boas-vindas aos passageiros do Disney Dream, um dos quatro desejados navios da Disney Cruise Line (os outros são o Wonder, o Magic e o Fantasy) e que passa a maior parte do ano singrando as águas do Caribe.
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Todo simpático, o camundongo aparece ao lado de alguns tripulantes para desejar um acalorado welcome on bord (bem-vindo a bordo) a quem adentra o transatlântico. E pouco importa se você é criança ou adulto. Afinal, o entusiasmo é uma característica marcante dos cruzeiros da Disney.
Dentro do Disney Dream, as atrações são variadas e voltadas para pessoas de todas as idades, mas são os baixinhos que se dão melhor.
Afinal, eles têm a oportunidade de se divertir ainda mais que nos parques temáticos de Orlando, por exemplo, já que ficam mais soltos e vem uma experiência mais próxima com os personagens favoritos.
Enquanto a maioria dos navios investe em um átrio (lobby) sério, com bares e balcões de serviços, o Disney Dream usa o amplo espaço em estilo art déco ornamentado com um lustre composto por 80 mil cristais Swarovski quase que exclusivamente para encontros com Princesas, Piratas, e, claro, o sempre solícito Mickey.
Ao lado de uma estátua de bronze do Pato Donald, a galerinha de Walt Disney passa boa parte do dia e da noite desfilando, posando para fotos, abraçando e, em alguns casos, até conversando com a criançada. E com os adultos com cara de “pidões” também, pode ficar tranquilo.
É no deque (andar) superior do Disney Dream, entretanto, que os pequeninos realmente entram em êxtase. Tudo por conta do AquaDuck, a primeira montanha-russa aquática construída em um navio – e que também estrela o Fantasy, outro transatlântico da Disney.
Formada por um tubo transparente que dá a volta em praticamente todo o convés, com direito a uma inclinação que avança para fora do deque e faz todo mundo deslizar por segundos no tubo sobre o mar, a atração deixa muitos brinquedos de parques aquáticos no chinelo.
E os grandões também tem vez por lá: a bordo de boias para uma ou duas pessoas, o esquema é aproveitar a força da água para escorregar em meio a descidas, subidas, curvas e retas empolgantes.
Tudo rola bem devagar, dando a oportunidade de se observar o mar e as piscinas da área de lazer: uma tem o desenho do Pato Donald, outra do Mickey e por aí vai.
Depois do passeio “pelo alto”, é hora de curtir as atrações “no chão”. Além das piscinas e do AquaDuck, os deques superiores têm uma área molhada inspirada no peixinho Nemo para as crianças brincarem.
E ainda tem jacuzzis, quadra de basquete, campos de minigolfe, um restaurante de snacks com tema do filme Carros e uma área onde só maiores de 18 anos podem entrar, com bar e piscina.
Esse espaço, inclusive, dá acesso ao Senses Spa & Salon, com tratamentos para quem deseja relaxar (e pagar caro por isso) em alto-mar.
Enquanto os papais esticam as perninhas para o alto nas áreas de lazer, as crianças encontram outros espaços a bordo para se divertirem. No deque 5, está o Disney’s Oceanner Club, voltado para os pequenininhos entre 3 e 10 anos de idade.
Extremamente lúdico – praticamente mágico, como faz supor a Disney –, o espaço tem telas de plasma e um piso interativo, onde rolam brincadeiras, apresentações teatrais e mais encontros com personagens. No tal piso, imagens são projetadas para criar a ilusão de que se está andando, por exemplo, sobre os telhados de Londres, como Peter Pan. Só a Disney mesmo…
O Oceanner Club se divide ainda em algumas salas, como a Pixie Hollow, que simula a terra habitada por Sininho e outras fadas; e uma réplica perfeita do quarto de Andy, do filme Toy Story, com brinquedos tamanho família.
Além disso tem o Explorer Pod, com tema de Procurando Nemo, onde há um submarino e diversos jogos eletrônicos; o Star Wars: o Millennium Falcon, com o cockpit da nave de Han Solo; e a Monster’s Academy, área com estrutura de escalada inspirada em Michael “Mike” Wazowski e James P. “Sulley” Sullivan, entre outros personagens de Monstros S.A.
Coladinhos ao Oceanner Club estão um berçário, chamado …it’s a small world (como a célebre atração do Magic Kingdom, parque da Disney em Orlando) e o Disney’s Oceanner Lab, outra área voltada para a criançada.
Geringonças hi-tech dão o tom da área Vibe, voltada para adolescentes, também no deque 5. Pelo pedaço, espalham-se telões, programas para criação e edição de vídeos, videogames e estações de computador com wi-fi.
De vez em quando, um DJ aparece por lá e rolam algumas festas exclusivas para a moçada entre 14 e 17 anos. Esse mesmo público encontra espaço em um deque privativo, com piscina e área de jogos.
Já o pessoal entre 11 e 13 anos tem um loft no deque 13, onde é possível ver filmes e jogar games – além, é claro, de fuçar em notebooks.
Como infelizmente não existe pó de pirlimpimpim no mundo real e é impossível manter-se criança para sempre, a Disney projetou, além da piscina exclusiva no deque 11, outras áreas dedicadas aos adultos em seu navio dos sonhos.
Pode tirar o cavalinho da chuva porque cassinos não têm vez no universo de Mickey e sua turma, mas em compensação há o The District, no deque 4, uma área de lazer noturna que “pega” depois que o sol vai embora.
Quer dizer, “pega” no estilo norte-americano de projetar balada, meio cafona e tal, mas não dá para negar que o espaço é original.
Um após o outro, bares estilosos se descortinam pelo espaço, como o 687 Pub, de estilo moderninho; o Pink, todo… pink, perfeito para tomar uma champanhe com classe; o Evolution, em cuja pista rolam baladinhas; e o Skyline, de estilo urbano, com paredes que mudam de cenário a cada cinco minutos.
Epa, espera aí: como assim paredes que mudam de cenário? Pois é, como com a Disney vale tudo, e o Skyline é formado por painéis com imagens de cinco cidades do mundo, que se sucedem umas às outras. Entre as homenageadas está Nova York e o Rio de Janeiro.
E é assim que, de repente, no meio do navio do Mickey, você se pega olhando o Pão de Açúcar à noite.
Para entrar no clima, vale pedir uma caipirinha, uma das três “bebidas brasileiras” do menu. As outras duas, a base de café e sabe-se lá mais o que, passam longe das praias cariocas ou de qualquer outro canto do País.
Como a ideia do Disney Dream é agradar quem viaja em família, não poderiam faltar áreas para pessoas de todas as idades curtirem juntas.
Entre elas estão o D Lounge, um ambiente grande e circular, com luzes por todos os lados, onde rola um pouco de tudo, como karaokês, shows e workshops; e o Teatro Buena Vista, moderno cinema 3D que exibe (em inglês) filmes em cartaz da Disney.
O som que rola por lá é tão bom, mas tão bom que acaba ecoando nas cabines situadas nos deques logo acima – o que não é nada bom.
Probleminhas a parte, o navio traz passageiros de todas as idades de volta para o mundo encantado quando eles entram no magnífico Teatro Walt Disney, com 1.340 lugares. Os espetáculos realizados ali são do nível Disney, ou seja, de cair o queixo.
Um deles é o Disney’s Believe, em que o gênio de Aladim e outros personagens deixam claro, ao menos por alguns instantes, que mágica existe, sim senhor.
Já o musical The Golden Mickeys é ainda melhor, com um cenário perfeito, em que imagens projetadas se misturam a elementos reais com direito a aparição das Princesas, do Rei Leão e de muitos outros personagens. O final, quando meu amigo Mickey aparece feliz e contente, é apoteótico.
Há ainda um terceiro musical no Teatro Walt Disney à A Bela e a Fera.
O anti-herói Jack Sparrow também dá o ar da graça no Disney Dream.
Ele é a grande estrela do espetáculo Pirate Night, apresentado em algumas noites no deque das piscinas (que são cobertas para o evento) sob o enorme telão que, durante o dia todo, transmite animações famosas.
Com luzes, efeitos especiais, música e muita dança, o show dos Piratas do Caribe é curtinho, mas emenda uma queima de fogos em alto-mar que só a Disney poderia fazer. Não importa a idade, todo mundo vibra feito criança.
Outros cuidados adotados pelos projetistas do Disney Dream para conquistar as famílias podem ser vistos nas cabines. Todas elas, até mesmo as internas, têm o lavabo separado do banheiro, o que facilita bastante na hora da galera se arrumar para, por exemplo, o jantar.
Fora isso, as acomodações contam com um aparelho de telefone sem fio que, após ser programado, recebe as ligações direcionadas para o seu celular, já que nem sempre há sinal em alto-mar.
Elegantes e confortáveis, as cabines guardam ainda detalhes lúdicos sem serem infantis demais. Isso se reflete em detalhes minimalistas, como nas cortinas que de longe parecem ter desenhos circulares, mas de perto lembram o rosto com as orelhinhas (adivinhe de quem) do Mickey.
Ou então fora das cabines, nos quadros que em alguns andares são clássicos, lindíssimos, com elementos fotográficos que contam a história da empresa, enquanto os pendurados nas paredes de outros deques começam a “se mexer” assim que alguém para na frente deles, como se a imagem da tela estivesse viva. Genial.
O mesmo pode ser dito dos restaurantes a bordo do Disney Dream.
Há um mais informal, no deque superior, chamado Cabanas, bom para tomar café enquanto se vê o mar; dois chiquérrimos, o Palo e o Remy, com culinária gourmet francesa e italiana, respectivamente, ambos pagos à parte; e três temáticos, onde são servidos os jantares com especialidade internacional. São eles o Enchanted Garden, o Royal Palace e o Animator’s Palate, todos com capacidade para 697 pessoas.
Na hora da reserva ou assim que entrar no navio, a despeito de seu horário de jantar e do número da mesa (sim, navios costumam marcar horários para você jantar e escolhem onde deve se sentar), solicite a possibilidade de passar pelos três principais restaurantes temáticos, pois um é melhor que o outro.
Assim como aparece do nada, Crush se manda de repente, fazendo com que as telas de plasma “se transformem” em quadros novamente. Essa é a deixa para reparar em outros elementos da decoração do Animator’s Palate, cujo ambiente inspirado nos estúdios de criação da Walt Disney Company revela pilares em forma de pincéis gigantes e cadeiras com o desenho do corpo do Mickey.
Pois é, o personagem mais famoso da Disney é tão receptivo em seu navio dos sonhos que permite até que você se esparrame por cima dele para se sentir mais confortável na hora de comer. Não falei que o ratinho é gente fina?
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O Disney Dream tem como base o Caribe e inclui, em seus cruzeiros, uma parada em Castaway Cay, a ilha particular da Disney nas Bahamas.
Como não há hotéis por lá, o esquema é aproveitar o dia em que o navio está aportado para pegar uma praia, mergulhar com snorkel para ver uma estátua (pequenininha) do Mickey, deslizar em um toboágua, andar de bicicleta e nada mais.
Quem não dispensa conforto nem ao colocar o pé na areia pode alugar cabanas com ventiladores, sofás e frigobar.
O navio da Disney tem itinerários de três a cinco noites que partem de Port Canaveral, na Flórida (EUA), rumo a Bahamas, com paradas principalmente em Nassau e Castaway Cay. Os preços em 2018 começam em US$ 1.480 por pessoa em cabine interna.
Confira as opções de saídas no site da Disney Cruise.
Reportagem adaptada de original publicada na revista Viaje Mais, parceria do Rota de Férias.
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