A Secretaria Estadual de Educação anuncia na próxima segunda-feira um cronograma de substituição das salas de aula montadas em contêineres e outras estruturas metálicas. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, a secretaria não dispõe do número de escolas com salas desse tipo e está fazendo um levantamento. A partir desse balanço, o secretário Gabriel Chalita irá se reunir com o governador Geraldo Alckmin, na sexta-feira, para definir o prazo para a substituição das salas, antes de divulgá-lo, na semana que vem.

“Quando faz calor, a sala fica muito quente, e o frio também é maior dentro da sala”, disse Cássia Fernandes Ferreira, 16 anos, aluna da Escola Estadual Professor Antônio Prado Júnior, em Mauá. Ela e outros 40 alunos da 2ª série do ensino médio ocupam uma sala-contêiner anexa ao prédio onde funciona a unidade.

A escola possui a sala-contêiner há quatro anos. A Secretaria de Educação, por outro lado, afirma que esse tipo de solução foi herdada pela atual administração.

“Há alguns anos, lecionei numa sala de aula desse tipo. É bem mais quente nos dias de verão. Havia muita reclamação por parte das crianças”, disse a diretora da subsede de Santo André da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Nanci de Oliveira Santos.

A assessoria de imprensa da secretaria informou ainda que a utilização dos contêineres e das salas de estrutura pré-moldada de aço foi adotada como alternativa à construção convencional por permitir a instalação mais rápida das classes em regiões, normalmente de periferia, que apresentam grande demanda por novas vagas.

Em São Bernardo, desde o começo do ano, cerca de 200 crianças têm aulas em quatro contêineres na Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Fernando Pessoa, no Jardim das Orquídeas. As salas são utilizadas pelas classes até a conclusão de uma nova escola pela Prefeitura, que deve ser feita no ano que vem.