Vinte e seis dias após o naufrágio do petroleiro liberiano, carregado inicialmente com 77 mil toneladas de combustível, o ministério da defesa espanhol mobilizou 7 mil efetivos das Forças Armadas na Galícia, cujos habitantes temem a chegada de uma terceira maré negra.
O primeiro vice-presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou em uma coletiva que o navio francês Nautile detectou três novas rachaduras no Prestige, que está a 3,5 mil metros de profundidade.
Em Barcelona, o ministro espanhol de ciência e tecnologia, Josep Piqué, comunicou a criação de uma comissão científica que determinará a quantidade de óleo que pode sair dessas rachaduras.
"Se o óleo não se solidificar a 3,5 mil metros de profundidade, como aparentemente mostram as imagens do Nautile, vamos ver que recursos colocaremos à disposição para minimizar o impacto de um novo vazamento", disse Piqué.
Segundo a imprensa espanhola, ainda há cerca de 50 mil toneladas de óleo dentro do petroleiro.
Especialistas independentes e entidades ecológicas compararam o impacto sócio-econômico da catástrofe do Prestige ao do petroleiro Exxon Valdez, que em 1989 derramou no Alasca 50 mil toneladas de combustível.
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