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Qual será a melhor opção?

Alugar carro por temporada em vez de efetuar a compra pode até ser um negócio vantajoso

Nilton Valentim
do Diário do Grande ABC
16/02/2018 | 07:35
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Divulgação


Ter um carrão na garagem há tempos deixou de ser um investimento. Hoje, o comprador sabe que quando sair da concessionária seu sonho de consumo já perdeu valor considerável. E não é apenas isso, ainda tem o recolhimento de impostos, seguro, manutenção e uma série de outros ‘equipamentos’ indesejáveis que vão de carona. Mas se o veículo é necessário, é preciso buscar uma alternativa, que pode muito bem ser o aluguel, serviço que as empresas do ramo garantem ser vantajoso. Será?

Existem no mercado planos que variam entre um mês e dois anos. Pelos quais o locatário – ou assinante como denomina uma das companhias – paga mensalmente pela utilização e, ao fim do contrato, devolve o veículo usado e recebem um novo.
É inegável que o carro sempre foi o objeto de desejo e ainda é um símbolo de status. Certamente um dos motivos que fazem com que as pessoas contraiam financiamentos de longo prazo para ter o modelo preferido. Diante disso, qual seria o atrativo de um plano em que se paga parcelas de um carro que não é seu?

“Estamos vivendo uma mudança de comportamento do ‘ter’ para o ‘usar’, e agora é possível utilizarmos produtos com vários benefícios e sem a necessidade de adquiri-los. Ao invés de ir até uma loja e comprar um carro, assumindo todas as suas despesas, como documentação, seguro, manutenção e IPVA (Imposto sobre a Proprieade de Veículos Automotores), o cliente paga mensalidades fixas e pode utilizar um modelo zero-quilômetro por 12 ou 24 meses”, afirma Rivaldo Leite, diretor-geral da Porto Seguro.

Bruno Chacon, professor da DSOP Educação Financeira, aponta vantagens e desvantagens na opção pelo aluguel. “É necessário levar em conta vários aspectos. Se for uma pessoa que tem o dinheiro para comprar à vista, é vantajoso, pois ela pode alugar o carro e manter o capital aplicado. Dependendo da taxa de juros, pode ganhar mais e o dinheiro não desvaloriza, como acontece com o carro”, aponta.

A desvantagem, segundo o educador financeiro é para aqueles que não contam com o valor total. “Aí seria mais interessante fazer um consórcio e dar uma boa quantia de lance. Ele (comprador) consegue ter o carro e, certamente, pagará bem menos por mês”, garante.

Chacon também destaca a mudança no perfil do consumidor. “Antigamente todos queriam ter o bem. Na nova era, isso é bem diferente. Se a pessoa consegue poupar o dinheiro e pagar a parcela do aluguel do carro, pode gastar seu dinheiro com outros sonhos, como viajar, por exemplo”, afirma.

É necessário ter cautela na hora de escolher o plano

Antes de optar por um plano de aluguel, o consumidor deve avaliar bem o quanto vai pagar. Verificar suas reservas e como quer utilizar o veículo e o dinheiro que tem em mãos.

A Porto Seguro oferece algumas opções de carros da Chevrolet, Nissan, Ford e Hyundai. Se a opção for por Onix 1.4 LT MyLynk, a mensalidade custa R$ 1.580 (24 vezes). Na simulação da empresa, o comprador que der 50% de entrada gastará por mês R$ 1.744,70, já incluindo parcela do financiamento, taxas e impostos, seguro e manutenção. “O cliente ainda possui benefícios extras, como carro reserva e serviço leva e traz para manutenções preventivas. Ao término do contrato, ele renova o serviço e escolhe outro modelo zero-quilômetro”, destaca Rivaldo Leite, diretor-geral da Porto Seguro.

Outra empresa que realiza este tipo de aluguel é a Movida. Lá, a locação de um Hyundai HB20 sai por R$ 1.533,86 no primeiro mês e, na média, R$ 1.411,28, podendo variar de um a 14 meses.

É PRECISO AVALIAR

O orientador financeiro Bruno Chacon pondera que o interessado precisa avaliar bem as condições do bolso e também do produto oferecido. No caso da Porto Seguro, é vedada a utilização do carro em aplicativos de carona, como Uber ou 99 Taxi, nem para trabalhar.

Em caso de furto, roubo ou colisão, o usuário terá de pagar franquia para conserto ou reposição do carro. O cuidado também pode recair sobre o usuário. “Todas as manutenções preventivas estão inclusas no valor da mensalidade. Caso haja a necessidade de manutenção corretiva, quem arca com o custo é o cliente, mas o Carro Fácil (nome do plano) o auxilia no processo, indicando oficinas e até enviando o orçamento. No entanto, o cliente pode escolher fazer em uma oficina de sua confiança”, completa Leite. 




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