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'Operação Tango': PF encaminha à Justiça inquérito indiciando presos
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
09/05/2005 | 21:04
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A Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul encaminha, nesta terça-feira, à Justiça Federal o inquérito da chamada Operação Tango. No dia 11 de abril, 13 pessoas foram presas em cinco Estados brasileiros e indiciadas por crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Elas seriam integrantes de uma organização criminosa que vinha sendo investigada desde 2002.

Segundo o Serviço de Comunicação Social da Polícia Federal em Porto Alegre, o inquérito presidido pelo chefe do Núcleo de Repressão a Crimes Financeiros e Lavagem de Dinheiro da PF, delegado Alexandre Isbarrola, está indiciando os líderes da organização, o argentino César Mendoza de la Cruz Arrieta e o gaúcho Roberto Fabrim; a advogada tributarista gaúcha Sônia Soder, mulher de Arrieta; Luiz de Almeida Abadie, também gaúcho; Sigfriend Franz Griesbach e Paulo Renato Primo, do Rio de Janeiro; Rosa Habibe e Levir Soares, de Brasília; Marcelo Batista e Ricardo Godoy, de Araçatuba (SP); Márcio José Pavan e René Cabral, de São Paulo, e Fábio Magno Fernandes, da Paraíba.

Deste grupo, continuam detidos no Presídio Central de Porto Alegre César Arrieta, Roberto Fabrim, Levir Soares, René Cabral e Márcio José Pavan. Os demais indiciados foram soltos por determinação judicial.

A organização criminosa atuava criando créditos tributários ‘frios’, que ofereciam a empresas com dificuldades financeiras, os quais seriam utilizados na compensação de obrigações fiscais. Os fraudadores também financiavam a compra dos créditos vendidos e emprestavam dinheiro às empresas, utilizando essas operações para lavagem de dinheiro obtido com o crime.

O grupo também promovia operações ilícitas, com o aval de instituições bancárias, na compra de créditos financeiros – tipo CDB – pagando ao aplicador um valor superior ao que ele receberia após o recolhimento do Imposto de Renda, assumindo o pagamento do tributo, mas não efetuando seu recolhimento. Tais operações apresentaram movimentação financeira de cerca de R$ 1,5 bilhão.




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