O ex-prefeito Paulo Maluf e seus familiares serão intimados a depor pelo Ministério Público de São Paulo em outubro para esclarecer denúncias de que a família teria contas na agência do Citibank da ilha de Jersey. Investiga-se se os dinheiro tem alguma relação com os atos de improbidade administrativa de que o ex-prefeito é acusado de ter praticado durante sua administração (1993-1996).

Maluf reponde processos por superfaturamento de R$ 105 milhões nas obras do túnel Ayrton Senna e em outras obras.

A esposa de Maluf, Sylvia, seus filhos, Flávio, Otávio, Lina e Lígia, e a mulher de Flávio, Jacqueline, terão que prestar esclarecimento.

Documentos enviados pelo governo suíço ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) confirmaram a abertura das contas em 1985, na agência do Citibank de Genebra, na Suíça.

As empresas foram abertas nas Ilhas Cayman pelo Cititrust. Em 1997, o dinheiro foi transferido para Jersey. A família nega a posse de dinheiro no exterior.

Maluf vai depor no dia 11 de outubro na 8ª Vara Criminal da Justiça federal no processo em que é acusado da emissão de Letras Financeiras do Tesouro Municipal para pagamento de precatórios em um valor superior ao da dívida.