Em um belo e sugestivo espaço de 2 mil m2, completamente transformado pela famosa arquiteta Gae Aulenti (restauradora do Museu D'Orsay de Paris), que remodelou para a ocasiao as 'Escuderias Papais', situadas em frente ao palácio presidencial do Quirinal, foi inaugurada a exposiçao, que permanecerá aberta de 22 de dezembro de 1999 a 11 de junho de 2000.

"É o melhor de nossa coleçao, que por seu número e beleza, nunca foi enviado ao exterior", afirmou à imprensa Albert Koztenevitch, responsável pela arte ocidental do Ermitage.

As obras-primas foram transportadas à Itália por US$ 250 milhoes, em pelo menos 16 vôos especiais e foram asseguradas por US$ 816 milhoes.

'A dança', um dos 20 óleos de Henri Matisse, realizado em 1910, abre a exposiçao repartida em duas imensas e modernas galerias em dois níveis, sob abóbadas de 4 metros de altura às quais se acede por uma monumental escada.

Ao lado do quadro de Matisse foram pendurados trabalhos de Picasso (18), que manifestam sua evoluçao criativa no início do século, do menos conhecido Odilon Redon (Muher dormindo sob a árvore, 1900-1901) e de Claude Monet, 'Dama no jardim' (1867).

Também foram expostos óleos de Camille Pisarro (Boulevard Montmartre, 1897), Auguste Renoir e Paul Gauguin, com uma série de pinturas, quase sempre de mulheres, realizadas na maturidade no Taiti, cujo traço particular marcou a pintura deste século.

Três quadros que nunca tinham saído do Ermitage foram pela primeira vez expostos em Roma: uma aquarela abstrata e colorida de Sonia Delaunay Terk que ilustra um texto de Blaise Cendras e duas telas de Picasso, de tons ocres e cafés, realizadas em 1908 e 1909, 'Casinha em um jardim' e 'Vaso com fruta'.