Ficou mais barato encher o carrinho de supermercado no Grande ABC nesta semana. Depois de registrar altas consecutivas, o preço dos produtos da cesta básica caiu 0,53%, o que representou economia de R$ 1,52 no caixa. Atualmente, o consumidor gasta R$ 359,69 na compra dos produtos, contra R$ 361,61 cobrados na semana anterior.

A queda no custo dos hortifruti foi o principal motivo da melhora para o bolso, segundo o engenheiro agrônomo da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), Fábio Vezzá De Benedetto. Mesmo a laranja, um dos produtos que mais têm impulsionado as altas, recuou quase 14%.

"Ela caiu, mas ainda está mais cara do que no ano passado, neste mesmo período. Já outros itens, como o tomate, por exemplo, estão bem mais baratos", conta Benedetto. Em abril de 2010, o tomate saia por cerca de R$ 4,50 o quilo no Grande ABC contra R$ 3,08 cobrados atualmente.

Outro ponto importante foi a queda do preço da carne bovina de primeira que, após sucessivos aumentos, caiu 4,59%, saindo, em média, por R$ 15,16 o quilo do coxão mole. O frango também ficou mais barato, custando cerca de R$ 3,94 (-2,23%).

"Não esperávamos isso, pelo menos não por enquanto. Pode ser influência da Semana Santa, quando muitos (consumidores) deixam de comer carne e o mercado faz promoção para vender mais. Observamos isso em outros anos", justifica.

Apesar de o feijão ter sofrido nova elevação, o engenheiro argumenta que não há motivos para que ele volte a ser o vilão do bolso, o que aconteceu durante todo o ano passado. O preço do grão pulou de R$ 2,30 para R$ 2,47 apenas nas duas últimas semanas, mas não foi o suficiente para acender o sinal de alerta.

"Quando o feijão fica muito barato desestimula o plantio, então ele reagiu e ficou um pouco mais caro, mas ainda está mais barato do que no ano passado. Nessa época, já estava custando até os R$ 3,50", recorda.

ALTAS

Os produtos industrializados lideraram a lista dos mais caros nesta semana. Segundo a pesquisa, itens como detergente, sabão em pó e sabonete subiram até 7,29% (veja mais na arte ao lado) . Para Benedetto, a alta acontece para repor a inflação do período. No mês passado, produtores já negociavam aumentar em até 10% o valor dos itens.