Os impostos e contribuições administrados pela Receita Federal proporcionaram arrecadação de R$ 69,041 bilhões no mês de janeiro, o que representa aumento nominal de 17,43% em relação aos R$ 58,794 bilhões recolhidos no mesmo mês de 2009. Foi, por sinal, o melhor desempenho para meses de janeiro desde o acompanhamento da série histórica iniciada em 1994, como destacou o coordenador-geral de Estudos, Previsão e Análise da Receita, Raimundo Elói de Carvalho.

Ele ressaltou que o aumento real, descontada a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) nos últimos 12 meses, foi de 12,27%. Resultado que, no seu entender, reflete a recuperação da economia nacional, depois da crise financeira mundial deflagrada em setembro de 2008.

Segundo Raimundo Elói, o órgão trabalha com cenário de tendência positiva para o crescimento da receita, uma vez que o recolhimento de impostos está diretamente relacionada com a melhora dos indicadores econômicos. Razão porque considera que "para a arrecadação, estamos fora da crise".

Comparada a dezembro, o movimento de janeiro teve queda real de 2,23%, descontado o IPCA. Os fatores que mais contribuíram para isso foram a redução de 10,48% no recolhimento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a queda de 62,8% na Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) sobre entidades financeiras e os 35,44% a menos na receita previdenciária, que é sempre bem maior em dezembro por causa do décimo terceiro salário.