Lehman Brothers em processo de falência, Merrill Lynch forçado a ser vendido, AIG à procura de novos fundos de forma frenética: três das maiores instituições financeiras americanas desataram o pânico nos mercados ao redor do mundo.
Após um fim de semana rico de altos e baixos, com variantes inesperadas, a cortina parece cair para o quarto (Lehman) e o terceiro (Merrill) bancos de investimentos de Wall Street. A AIG, que durante anos foi líder mundial no setor de seguros, ainda espera obter com urgência um bilhão de dólares necessários para acalmar o mercado.
O Lehman anunciou que vai declarar falência nesta segunda-feira "para proteger seus ativos e maximizar seu valor", depois que o britânico Barclays se retirou das negociações para adquirir o gigante americano.
A queda do Lehman representa a maior bancarrota de uma instituição financeira nos Estados Unidos e sua falência pode ter conseqüências imprevisíveis sobre as finanças mundiais, que têm atividades estreitamente entrelaçadas.
O Barclays abriu mão de apresentar uma oferta pelo LB por não ter obtido garantias públicas similares às que foram concedidas em março ao JP Morgan, quando este comprou o Bear Stearns.
Outro comprador potencial, o Bank of America, preferiu fechar um acordo com um concorrente do Lehman Brothers, o Merrill Lynch, que será vendido por US$ 50 bilhões.
A transação daria origem à maior companhia de serviços financeiros do mundo.
A fusão a um grupo poderoso, que conseguiu resistir à crise do "subprime", permitirá ao Merrill evitar o destino do Bear Stearns e do Lehman, pois com certeza entraria no alvo das especulações.
A empresa, que perdeu US$ 52 bilhões desde o início da crise do "subprime", viu o preço de suas ações despencar 12% na sexta-feira, para um retrocesso de 68% em um ano.
Outro alvo dos especuladores, a seguradora AIG, estaria a ponto de anunciar a cessão de setores inteiros de suas atividades para tentar acalmar os investidores, afirma o Wall Street Journal.
A AIG, que registrou desvalorização de 31% de sua ação na sexta-feira, vai colocar à venda a atividade de financiamento da aeronáutica, a ILFC (International Lease Financial Corporation), maior cliente tanto para Airbus como para a Boeing.
Fundada em 1973, a ILFC administra uma frota de mais de 900 aviões, avaliados em mais de US$ 50 bilhões. A AIG, que já obteve mais de US$ 20 bilhões de capitalização desde o início do ano, também estaria em negociações com fundos de investimentos para obter outros US$ 10 bilhões.
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