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Região discute o futuro do plástico
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/09/2006 | 22:59
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Debater o desenvolvimento de uma das principais atividades econômicas da região é o objetivo do V Seminário do Plástico do Grande ABC, que será realizado no próximo dia 14 no Teatro Municipal de Santo André.

Iniciativa do Grupo de Trabalho Petroquímico/Plástico da Câmara Regional do Grande ABC, em parceria com a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, o evento é gratuito e direcionado sobretudo aos micro e pequenos empresários do ramo. Entre os palestrantes, constam autoridades locais, lideranças empresariais e representantes do governo federal.

Os números do segmento ilustram sua importância para a economia dos sete municípios. A atividade reúne na região 657 empresas transformadoras (produtoras de peças e embalagens de plástico), que geram quase 16 mil empregos diretos, segundo dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) de 2004. E o setor tem a possibilidade de crescer, em função da ampliação do Pólo Petroquímico do Grande ABC, o que trará uma oferta maior de matéria-prima para as transformadoras instaladas nas proximidades.

Para estimular a atividade, indústrias do Pólo dão apoio para o projeto de APL (Arranjo Produtivo Local) do plástico promovido pela Agência de Desenvolvimento. O coordenador de Fomento e Apoio a Empreendedores da Agência, Roberto Anacleto dos Santos, destaca ainda outras ferramentas de estímulo em andamento: o Ciap (Centro de Informação e Apoio ao Plástico), em Santo André e a criação de um curso de plástico da Fatec, em Mauá, por exemplo.

O coordenador de Ação Regional da Secretaria de Desenvolvimento de Santo André, José Batista Gusmão, afirma que o seminário vai mostrar esse cenário favorável que está se desenhando. “Com o conhecimento das vantagens competitivas, de logística e de oferta de matérias-primas, será o momento decisivo para o empresário que ainda tinha dúvida sobre investir ou não em sua empresa”, disse.

Desafios –No entanto, as empresas do ramo enfrentam desafios para se manterem como uma força econômica regional. Passam pelo problema, por exemplo, da perda de competitividade, em função de uma desigualdade de tratamento tributário para a compra de insumos (resinas plásticas) em São Paulo em relação a outros Estados. “Batalhamos por uma isonomia em relação à cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)”, afirma o diretor da Polietilenos União, Nívio Roque.

O executivo acrescenta que também é importante a definição de políticas públicas como, por exemplo, incentivos à formação de condomínios industriais de empresas de plástico, que podem ratear custos e ganhar escala na compra de matéria-prima em conjunto.



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