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Revelação de amigo pode mudar rumo do caso Shell
11/12/2003 | 22:10
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Amigo do casal norte-americano Todd e Michelle Staheli e um dos primeiros a chegar à casa deles no dia do crime, o técnico de futebol Tita contou nesta quinta-feira que, ao socorrer a americana, bombeiros deixaram marcas de sangue numa das paredes do quarto e no portal, acidentalmente. Segundo especialistas, a revelação pode mudar as convicções da perícia, que até agora via os vestígios como indícios de que ela reagiu ao ataque.

Chamado à residência pelo motorista da família, Sebastião Moura, Tita ajudou a retirar Michelle do quarto. "Quando tiramos (ele e bombeiros) o corpo da Michelle para levar ao hospital, ela raspou a cabeça na parede, no momento em que a colocamos na maca. Aí ficou a marca de sangue com cabelo. A perícia achava que ela tinha lutado com alguém naquele momento, mas não foi", relatou Tita, em entrevista à TV Globo.

O ex-jogador de futebol, que é treinador do clube Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, relatou ainda que o sangue de Michelle sujou também o portal do quarto. "Nós estávamos no segundo andar para descer para o primeiro e, na hora de passar com a maca pelo corredor, não cabia. A maca bateu no portal e estava com sangue. Eles (peritos) acham que quem cometeu o crime esbarrou ali".

Mórmom como os Staheli, Tita conhecia Todd, Michelle, seus quatro filhos e também o motorista Moura das reuniões dominicais da seção Itanhangá da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Quando chegou ao quarto do casal, ele viu os dois corpos na cama, ensangüentados. "Cheguei e já estavam os seguranças e os corpos na cama. Michelle estava com dificuldade para respirar, agonizando. Saí dali correndo para ver se encontrava alguma polícia, alguma ambulância que pudesse imediatamente socorrê-la", disse. Todd morreu pouco depois de encontrado. Michelle ficou internada por cinco dias, mas não resistiu.




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