Há cinco meses no Brasil, o cônsul geral da Noruega, Thor Johansen, diplomaticamente garante que está satisfeito com os serviços de telecomunicaçoes do Brasil e considera simples o procedimento de escolha das operadoras. Usuário assíduo dos serviços, Johansen faz inúmeras ligaçoes para sua terra natal e para a França, sem contar os telefonemas para familiares. ``No início do novo sistema era muito difícil completar ligaçoes. A qualidade do serviço, no entanto, melhorou bastante. Mas muitas ligaçoes continuam caindo', queixou-se o cônsul norueguês, sem revelar a operadora de sua preferência.

O militar da reserva Sérgio Freitas, no entanto, dispensa o tom diplomático: ``A telefonia brasileira sempre foi medíocre e, pelo jeito, sempre será. Isso fica claro quando se faz ligaçoes da Europa ou dos EUA'. Para ele, a possibilidade de escolher tarifas entre várias operadoras é mais uma dor de cabeça. ``Para se descobrir a melhor tarifa é preciso se realizar um estudo das tabelas, o que é muito trabalhoso', disse Freitas, que nao experimentou os serviços da Intelig, concorrente da Embratel. ``Nem pretendo usar, pois isso vai significar mais uma conta. Já uso o débito automático para nao ter de ir ao banco', disse o militar.

Mais do que as tarifas, a secretária Cilma Souza Lima também prefere ser fiel a uma operadora por questao de comodidade. Durante a possibilidade de usar o código de escape, Cilma deu preferência ao 31 da Telemar para ligar para os estados de Minas Gerais, Pará e Sao Paulo. Depois de sua extinçao, passou a usar só o 21. ``Mesmo assim, há dias em que é muito difícil completar ligaçoes', reclama.