Vereador de São Bernardo, Mario de Abreu (PSDB) participou de sua primeira sessão na Câmara após ter decidido retomar o mandato legislativo, no início deste ano.

O tucano ficou três meses afastado após ter sido demitido da Secretaria de Gestão Ambiental, quando foi alvo da Operação Barbatanas, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) do Ministério Público, com apoio da Polícia Civil.

Em breve discurso na tribuna, o vereador alegou inocência e se disse tranquilo para reassumir sua função na Casa – ele é investigado por suposta venda de cargos e licenças ambientais. “Retorno com orgulho e vamos acompanhar no decorrer do processo que tudo não passou de uma fantasia, de um show feito para me prejudicar pelo belo trabalho político que fazia na secretaria e por pessoas que não estavam de acordo com o que estávamos fazendo na Pasta.”

Mario de Abreu, em outro trecho de sua fala, revelou ter sido surpreendido com a operação policial. “Não imaginava que tinha investigação, pois nem eu nem a administração nem o prefeito Orlando Morando (PSDB) imaginávamos que tinham irregularidades na Secretaria de Gestão Ambiental.”

O governo tucano não determinou que exista diferença na forma de tratamento do vereador. Por outro lado, o parlamentar não tem participado das reuniões semanais da bancada de situação.

Para o líder de governo, Ramon Ramos (PDT), a presença de Mario não causa constrangimentos à base de sustentação. “O caso dele está sendo conduzido pela Justiça, que terá uma decisão”, comentou.