O advogado da usina, José Eduardo Barreiros, disse que o MST tenta ganhar a propriedade "no grito". "Eles querem vencer pelo cansaço, mas a empresa vai defender seu patrimônio", disse. Os 1,8 mil hectares são produtivos e estão plantados com cana-de-açúcar, segundo ele.
Em nota, o MST alegou que a usina acumula uma dívida milionária de impostos e que a Justiça já penhorou o imóvel, que deve ser adjudicado e destinado à reforma agrária. "Faremos um assentamento agroecológico no local, que está sobre a área de recarga do aquífero Guarani", diz a nota.
Barreiros disse que apenas uma parcela de 520 hectares da fazenda foi penhorada no processo, mas há vários recursos e outras medidas judiciais pendentes de julgamento. "Os cálculos usados para definir os débitos fiscais foram impugnados e esperamos que o valor devido caia para 30% do que está sendo cobrado. No momento em que o valor líquido e certo for definido, a empresa vai fazer o pagamento. Não podemos pagar o que está sendo cobrado em valor três vezes maior." A usina, que produzia açúcar e álcool, parou de funcionar há cinco anos, mas a cana produzida nas terras abastece outras usinas da região.
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