Segundo o chefe da saúde municipal, Ivan Walks, os funcionários que morreram apresentavam os sintomas da doença, mas testes conclusivos serão realizados para confirmar se eles realmente foram vítimas do antraz. Walks informou que mais de dois mil funcionários dos Correios estão sendo submetidos a exames para detectar possível exposição ao bacilo.

Ainda de acordo com Walks, exames de sangue de uma das vítimas indicaram a presença da bactéria e as suspeitas de contaminação são "muito grandes". O outro funcionário não teve resultado positivo para antraz em seus exames, mas seu estado clínico era "muito suspeito", segundo o chefe de saúde.

O diretor do Departamento de Segurança Interna, Tom Ridge, disse que os dois funcionário dos Correios de Washington "provavelmente" morreram por causa do antraz.

Além dos casos desta segunda-feira, nove pessoas foram diagnosticadas com antraz nos EUA. Três delas tiveram a variação pulmonar — uma delas, um editor de fotografia de um tablóide, morreu na Flórida —, e as outras seis contraíram a forma cutânea da doença. Trinta e seis pessoas foram expostas a esporos da bactéria.

O terceiro caso de antraz pulmonar foi confirmado neste domingo. O estado de saúde de Leroy Richmond, 57 anos, é considerado gravíssimo. Ele está hospitalizado e é medicado com antibióticos.

Outros nove prováveis casos de contaminação por antraz estão sendo investigados na capital americana, segundo Walks. Também prosseguem os testes no centro de processamento de Correios em Hamilton, em Nova Jersey — de onde foram enviadas as cartas contaminadas ao líder da maioria democrata do Senado, Tom Daschle, em Washington, e ao apresentador do canal NBC, Tom Brokaw, em Nova York.

Nesta segunda-feira, também foi confirmado o terceiro caso de antraz fora dos EUA desde os atentados de 11 de setembro. As autoridades de Nassau, capital das Bahamas, informaram que testes preliminares realizados em um envelope confirmaram a presença de esporos do antraz.