De acordo com o ministro, os impostos apresentaram, nos últimos dez anos, um crescimento de cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). “O Brasil financiou seus desequilíbrios fiscais de forma insustentável nas últimas décadas”, disse Palocci, acrescentando que estes desequilíbrios foram financiados com a carga tributária, endividamento e inflação. Porém, o ministro afirmou que o governo está cumprindo os compromissos que assumiu no início de seu mandato e que está reduzindo, gradativamente, a carga tributária. “A carga tributária federal passou de 22,97% até outubro deste ano, para 24,76% do PIB no mesmo período do ano passado”.
Segundo o ministro da Fazenda, depois que ajustes, realizados durante o ano, abaixaram a taxa medida pelo IPCA, projetada para os próximos 12 meses, de cerca de 40%, medida em dezembro do ano passado, para aproximadamente 5,8%, a inflação está “absolutamente sob controle”.
Para Palocci, o Brasil não pode perder a oportunidade histórica que tem agora de sair de maneira mais definitiva de uma crise de décadas de período longo de crescimento. Segundo o ministro, o Brasil precisa partir agora para distribuição de renda e a economia terá em 2004 condições de registrar crescimento.
FMI - Palocci disse que a intenção do governo ao apresentar a proposta de renovação do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) foi a de eliminar da pauta dos agentes econômicos as preocupações macro econômicas.
"Nós queremos e fizemos a proposta de renovação do acordo com o Fundo, justamente para além de ter a inflação sob controle, a dívida em nível equilibrado e os indicadores macroeconômicos em ordem, ter uma apólice de seguro muita clara para o Brasil, em cima de compromissos fiscais e monetários que nós já temos para que os agentes econômicos a partir desse período não olhem mais para a macroeconomia. Olhem para suas empresas, se dediquem a produzir e a fazer planejamento da produção", declarou o ministro.
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