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Faturamento do varejo sobe 6,8%
26/08/2010 | 07:15
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Um dos principais indicadores de atividade econômica brasileira, o faturamento real das vendas do comércio varejista cresceu 6,8% em julho em comparação com o mesmo mês no ano passado, segundo constatou o IAV (Índice Antecedente de Vendas), que foi divulgado ontem pelo IDV (Instituto para o Desenvolvimento de Vendas). O desempenho das comercializações no mês passado superou as expectativas iniciais, que apontavam crescimento real de 5,6% no faturamento do setor.

Segundo o conselheiro e porta-voz do instituto, Fernando de Castro, a fonte de informações para o índice é grupo de 35 empresas varejistas dos setores de alimentação, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados, que juntas faturam algo em torno de R$ 100 bilhões por ano. Entre elas, estão o Grupo Pão de Açúcar, Walmart, Magazine Luiza, Telha Norte e Leroy Merlin.

O IDV desconsidera a variação das vendas na margem, ou seja do mês em análise comparativamente ao mês imediatamente anterior. De acordo com Castro, o objetivo principal do instituto é o de apoiar o desenvolvimento do setor e as informações de curtíssimo prazo, além de não contribuírem muito, são prejudicadas por fatores sazonais.

Para agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, o IDV espera que seja atingido o pico de vendas no comércio varejista. A expectativa resultante da compilação das previsões das empresas é expansão de 7,1%. No entanto, apesar do leve aquecimento, a tendência de desaceleração se mantém para o terceiro trimestre. Para os meses de setembro e outubro, por exemplo, espera-se aumento, na média mensal, de 5,2% em relação aos mesmos meses do ano anterior.

Castro ressalta que não se trata de queda efetiva e sim de desaceleração da taxa de crescimento. "Vamos registrar expansão sobre o ano passado. Só não vamos crescer a taxas de 7% a 8% como crescemos em 2009 em relação a 2008", disse o conselheiro. "Estamos crescendo forte por três segundos trimestres consecutivos", afirmou. Castro salientou que na mesma área de vendas, o setor continua registrando expansão nos negócios.

Ainda de acordo com o levantamento, no acumulado do ano, mais de 76% dos associados ao instituto acreditam que o crescimento das vendas dos seus respectivos setores deve igualar ou superar em 5% sobre 2009. Os motivos estão ancorados no bom momento econômico vivenciado pelo País, no crescimento contínuo da oferta de crédito e na elevação da massa salarial, tanto pelo aumento dos rendimentos, quanto pela expansão do mercado de trabalho, impactando positivamente o consumo.




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