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Paixão que pesa no bolso
Thais Villaça
Especial para o Diário
07/11/2006 | 19:34
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Quando criança, o comerciante de Santo André José Maria Amorim da Silva, 47 anos, sonhava ter um belo carro antigo, mas sua família não tinha condições financeiras para concretizar esses planos. Depois de trabalhar muito, Silva conseguiu realizar seu desejo.

Por isso trata com muito carinho sua Ford F-100 de 1960, que atualmente passa por uma troca de motor. Vai receber um propulsor 4.9 V6 (seis cilindros em “V”) com injeção eletrônica. Além da picape, o comerciante possui um Volkswagen Fusca 1964 e uma moto Honda CG 1982 que, apesar de não ser tão antiga, ainda tem todas as peças originais.

Mesmo tendo comprado a F-100 pronta, o comerciante diz que já reformou outros carros que teve. Esse foi um dos motivos que fez com que ele colocasse o veículo à venda (por R$ 40 mil), pois pensa em comprar outro para restaurar. “Não pus à venda pelo dinheiro, pois nem tenho tanto interesse em me desfazer dela. Por enquanto, nenhuma das muitas propostas que tive me chamou a atenção, mas se algo que compense aparecer, vendo e compro outra para modificar”, afirma.

Participante de feiras e exposições de fim de semana no Grande ABC e em São Paulo, Silva só lamenta não ter tempo de comparecer a eventos no interior, que são bastante tradicionais. São nesses momentos que ele desfila orgulhoso com sua picape. “Ela é toda original de lata, bem resistente e robusta. Diferente das de hoje, que têm a maioria das peças de acabamento feitas com fibra de vidro.”

Resistência, aliás, é um dos maiores atributos da F-100, uma vez que as peças, mesmo sendo fáceis de achar, são caríssimas, segundo Silva. Ele diz que um pneu custa R$ 700 e um jogo de rodas tem preço médio de R$ 3.000. “Esse é um hobby caro. Quem compra é porque realmente gosta, pois o preço de um carro antigo muitas vezes ultrapassa o de um automóvel zero-quilômetro”, conclui.



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