Automóveis Titulo Duas rodas
Em nome da segurança

Montadoras investem em inovação para diminuir acidentes com motociclistas

Lukas Kenji
Especial para o Diário
04/04/2012 | 07:00
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As mortes no trânsito envolvendo motociclistas chegaram a 1.518 em todo o Estado em 2011. Segundo o Ministério da Saúde, quase a metade dos internados em hospitais vítimas de acidentes de trânsito trafegava em motos. Para diminuir esses índices, as montadoras tiveram de fazer sua parte e elaborar componentes e sistemas que visam fornecer mais segurança ao condutor.

O conjunto de frenagem é o que ganha mais atenção dos fabricantes. O sistema ABS, que evita o travamento das rodas em frenagens bruscas, é comum em automóveis, mas agora também tem sido mais usado no setor de duas rodas.

Na Honda, por exemplo, são 11 os modelos que contam com o sistema, que é aliado ao CBS (sigla em inglês para Sistema Combinado de Frenagem), que distribui a força de frenagem entre as rodas a fim de evitar mergulho da suspensão dianteira e a perda de aderência do pneu traseiro.

Na BMW, o sistema de freios é aliado ao controle de tração. No modelo esportivo S1000 RR existem quatro modalidades do chamado DPC (Sistema de Performance Dinâmica), que limita a potência do motor. O modo mais simples é indicado para o uso urbano, enquanto o mais esportivo é usado em estradas, para quem precisa de respostas mais rápidas.

Mas segurança não se resume apenas a freios, não é mesmo? Sabendo disso, a BMW desenvolve ainda faróis adaptativos, que permitem diferentes angulações e regulagens de acordo com o peso e postura do motociclista, com o objetivo de dar mais precisão à visão do condutor. De acordo com o supervisor técnico da montadora, Cláudio Peruche, muitas tecnologias usadas nos carros da marca são estudados em conjunto com o setor de motocicletas.

Outra tecnologia presente, ainda de forma tímida, no setor de duas rodas é o air bag. A Honda trouxe a novidade em 2005, na GL 1800 Gold Wing. O componente fica localizado à frente do condutor e infla estaticamente no formato de um ‘V' invertido, de modo que o piloto não seja jogado para frente com o impacto da batida.

Jaqueta ou air bag?

Uma jaqueta que funciona como air bag. O produto, da empresa japonesa Mugen Denko, chegou ao País em 2011 e custa entre R$ 1.799 (colete) e R$ 2.762. Ele visa a proteção de pescoço, peito, laterais, cóccix e coluna vertebral. Há um cabo acoplado sob o banco da motocicleta. Em uma colisão, a jaqueta é inflada no momento em que o condutor se separa da moto. O tempo de ativação do air bag é de 25 centésimos de segundo.

Segundo o CEO da Mugen Denko no Brasil, Milton Nakamura, o preço tem influência da carga tributária. "Do valor total, 82% são de impostos. Nosso objetivo é conscientizar sobre a importância da segurança no trânsito e construir fábrica no País para baratear preços". O produto teve seu método aprovado pelo Jari (Japan Automobile Research Institute), instituto japonês que põe à prova a eficiência de componentes automotivos. No País, não foram feitos testes do produto.




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