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Egito diz que Israel passou dos limites em Jenin
Das Agências
24/04/2002 | 13:32
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O presidente do Egito, Hosni Mubarak, declarou nesta quarta-feira que Israel ultrapassou “todos os limites ao cercar a Igreja da Natividade e violar com atrocidade os Direitos Humanos nas cidades palestinas, principalmente na cidade e no campo de refugiados de Jenin”. Mubarak fez a acusação durante um discurso de comemoração pelo 20º aniversário da retirada israelense do Sinai, no Egito.

“Israel comete um erro ao continuar desafiando a vontade internacional”, afirmou Mubarak. O egípcio afirmou que os israelenses estão “aproveitando” a falta de ação de “certas potências internacionais, que abandonaram suas responsabilidades mundiais em benefício dos interesses limitados e temporários”.

Mubarak também acusou Israel de justificar suas operações “com o pretexto de lutar contra o terror baseando-se em explicações que colocam no mesmo nível a resistência palestina legítima e o terrorismo”.

“Israel comete um erro se acha que as operações militares levarão ao restabelecimento da segurança e à estabilidade”, declarou Mubarak, acrescentando que estas operações “inflamarão os sentimentos de ódio e vingança em cerca de 300 milhões de árabes”. O presidente egípcio afirmou ainda que “a reocupação das zonas da Autoridade Palestina, o cerco contra a direção palestina, eleita democraticamente, e a agressão bárbara contra o povo palestino desarmado mostram uma falta de visão clara da paz no governo israelense”.

O presidente continuou com suas críticas, dizendo que “a recusa de Israel a aplicar as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) e continuar as negociações de paz levou a esta escalada de violência e contraviolência”. Mubarak conclui dizendo que o dever dos muçulmanos é “vigiar, ouvir a voz da razão, tomar nossas decisões sem emoção e prevenir as tentativas daqueles que querem dividir as fileiras árabes”.




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