Política Titulo
Empresário é processado por prefeito de São Caetano
Rita Donato
Do Diário do Grande ABC
24/11/2007 | 07:25
Compartilhar notícia


A mulher e sócia do empresário Antônio José Cressoni, Rita de Cássia Santos Cressoni, foi intimada a prestar depoimento como testemunha no 1º DP de São Caetano sobre ação de denunciação caluniosa movida pelo prefeito José Auricchio Júnior (PTB).

O chefe do Executivo sustenta que Cressoni mobilizou e mentiu ao Poder Judiciário quando afirmou que repassou a ele R$ 80 mil em dinheiro para pagamento de dívidas de campanha eleitoral, no final de 2004.

À época, o empreiteiro, que denunciou a existência de um Fundo de Reserva – devolução de valores recebidos pelas obras feitas em São Caetano durante a gestão do ex-prefeito Luiz Tortorello – disse que teria recebido de Auricchio R$ 370 mil para não contar sobre o suposto esquema de corrupção da administração anterior.

O prefeito nega as acusações e confirma que seu advogado, Luiz Flávio Borges D’Urso, entrou com cinco ações contra o empresário. “Mas não vou entrar em detalhes porque pouco entendo de questões judiciais. Deixo para ele explicar.”

Segundo o advogado de Cressoni, Éder Xavier, a ação de denunciação caluniosa não tem fundamento, pois o construtor não procurou o Ministério Público de livre e espontânea vontade para fazer qualquer tipo de calúnia.

“O MP começou a investigar o caso após matéria publicada pelo Diário (em 4 de agosto). Meu cliente não levou a informação à Promotoria, foram eles que o convocaram a prestar esclarecimentos”, rebate Xavier.

O depoimento de Rita foi marcado para a próxima terça-feira, às 14h. Na quinta, Cressoni prestará o segundo depoimento na Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional de Repressão ao Crime Organizado) de Santo André.

Sindicância - Em agosto, no início da novela envolvendo o empresário e os funcionários da Prefeitura que teriam participado do suposto esquema, Auricchio solicitou a abertura de uma sindicância interna, além de um inquérito policial na Delegacia Seccional de São Bernardo para apurar as denúncias.

Os vereadores oposicionistas tentaram instaurar duas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) para investigar o caso, mas os pedidos foram barradas pela bancada de sustentação.



Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;