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ONU: França deve ser ‘espinha dorsal’ da Finul no Líbano
Da AFP
18/08/2006 | 20:05
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A França deve ser a "espinha dorsal" da Finul (Força Interina da ONU) ampliada no Líbano, insistiu o chefe de operações de manutenção da paz da ONU, Jean-Marie Guéhenno, em entrevista que será publicada neste sábado pelo jornal francês "Ouest-France".

"Não pedimos à França que ofereça mais da metade da força de 15 mil homens, isso seria pedir muito. O importante é que a França possa ser a espinha dorsal da força", explicou Guéhenno ao jornal francês, com sede em Rennes (oeste).

"Faz falta que a França dê um sinal de contribuição significativo. Todo mundo a observa antes de se decidir. Mas também é importante que a França não carregue todo o peso", acrescentou Guéhenno, um dos subsecretários-gerais da ONU.

Mark Malloch Brown, também subsecretário-geral da ONU, lançou nesta sexta-feira um apelo urgente aos países europeus, para que contribuam o mais rapidamente possível com tropas para integrar a futura Finul, força militar internacional que será posicionada no Líbano.

"Os próximos dias serão muito delicados para nós, se quisermos honrar nossa promessa de ter 3.500 homens no terreno dentro de 10 dias", declarou Brown. "O apelo que desejo fazer hoje é que a Europa forneça tropas para essa primeira leva".

A França, país com que a ONU contava para oferecer a maior parte dos efetivos da força, decepcionou a organização ontem, ao anunciar o envio urgente de apenas 200 militares e pedir garantias envolvendo a segurança de seus soldados antes de um eventual envio de tropas suplementares.

O governo de Paris afirmou que continua determinado a se comprometer com a operação no sul do Líbano, mas que espera a definição de "regras claras" em uma missão que, na sua opinião, poderia se tornar um "vespeiro".

A Finul, que existe desde 1978 e conta atualmente com 2 mil homens, deve ser substituída por uma nova força, com 15 mil militares e um mandato ampliado, segundo a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, com base na qual, na última segunda-feira, terminaram as hostilidades entre Israel e o movimento xiita do Hezbollah.




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