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Butantã reinicia produção de vacina contra o botulismo
Das Agências
26/01/2002 | 18:10
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O Instituto Butantã já começou a coletar plasma de cavalos inoculados com a toxina do botulismo e promete para o início do segundo semestre a disponibilidade do soro antibotulínico, que há mais de uma década não era produzido no Brasil.

A informação é do presidente da Fundação Butantã, professor Isaías Raw. Ele explica que não foi possível produzir o soro antes porque quase todos os cavalos inoculados faleceram no mesmo dia, no ano passado, quando ingeriram uma ração comercial contaminada com um cocciodiostático específico para aves.

O botulismo voltou a ser preocupação dos médicos do mundo inteiro recentemente, depois dos casos de bioterrorismo nos Estados Unidos, com a utilização do antraz. Ao contrário daquela moléstia, que não se espalha facilmente, a toxina botulínica é considerada instrumento ideal para atentados, pois pode ser colocada nas fontes de abastecimento de água, matando milhares de pessoas. Além disso, é de fácil acesso: o botox, produto utilizado por cirurgiões plásticos para eliminar rugas do rosto, tem como base a toxina extremamente diluída. No Brasil são raros os casos de botulismo, pois o veneno se forma em conservas artesanais mal esterilizadas, que não fazem parte da tradição brasileira e eventualmente foi registrado em mel silvestre.




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