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Avamileno aguarda decisão do PSL
Matheus Adami
Especial para o Diário
04/04/2009 | 08:42
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Tiago Silva/DGABC


A tendência de que o vereador Francisco Alberto, o Alemão do Cruzado (PSL), vote favoravelmente às contas do ex-prefeito de Santo André João Avamileno (PT) será confirmada na segunda-feira. O parlamentar - que declara "analisar a documentação" e manter o voto "em aberto" - deve decidir, após avaliação de seu advogado, se apoia ou não o petista.

A situação do ex-chefe do Executivo é delicada. O balanço financeiro de 2006 recebeu parecer negativo do TCE (Tribunal de Contas do Estado) por não conseguir, segundo o órgão, atender à obrigatoriedade de investir 25% do orçamento municipal na Educação. De acordo com a análise do tribunal, o valor utilizado pela Administração em 2006 representou 23,2%.

Um voto positivo de Alemão faz com que Avamileno tenha que conquistar somente mais um apoio. A quantia atual, 12 (PT, PMDB, PSB, PDT e PV), é insuficiente para rejeitar o parecer do tribunal na Casa. Para salvar o petista de cinco anos de inelegibilidade, são necessários, no mínimo, 14 votos.

Racha - Caso Alemão vote por manter o parecer do TCE, a divisão pela qual passa a legenda seria evidenciada. Em reunião na noite de quarta-feira, a executiva municipal do PSL definiu que faria oposição ao governo Aidan Ravin (PTB) e que pediria a Alemão - único vereador da sigla - que votasse pela derrubada do parecer.

Antes disso, na terça-feira, o presidente da executiva, Helcio Nossa, já havia declarado estar descontente com as atitudes do parlamentar. Segundo Nossa - que também é o primeiro suplente da legenda na Câmara - Alemão estaria tomando as decisões de forma isolada, sem consultar a direção da sigla.

Por sua vez, o vereador, integrante da base aliada ao prefeito, afirmou que a executiva não o procura para discutir projetos para o partido. "Eu não entendo a postura deles", declarou Alemão do Cruzado, que tem o respaldo da executiva estadual do PSL.

O parlamentar, que descartou sair da sigla, justificou não se reportar ao partido porque a executiva foi constituída há pouco mais de 15 dias. "Não tinha com quem falar."

Na avaliação de Nossa, a legenda foi "esquecida" também pelo governo Aidan. "Em nenhum momento chamaram o partido para conversar. E, infelizmente, o nosso vereador estava conversando como se fosse o próprio presidente do partido."

A assessoria de imprensa da Prefeitura afirmou que a conversa com o PSL ocorrerá na próxima semana. (Supervisão Juliana de Sordi Gattone)




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