As mudanças do mercado trabalhístico estão cada vez mais evidentes. Neste Dia do Aposentado, o conceito ‘pendurar as chuteiras’ não faz mais parte da vida de muitas pessoas nessa situação. Segundo pesquisa realizada pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil, 42,3% dos brasileiros continuam a trabalhar após o benefício. É por isso que, cada vez mais, caminhos alternativos são pensados. É o caso da empreendedora digital Fabiana Amaral, 53 anos, moradora de Santo André, que encerrou carreira na unidade são-bernardense da Volkswagen, em 2013 e, desde então, complementa renda familiar com o comando de plataforma on-line idealizada e criada por ela. “Saí de uma realidade e entrei em outra. Passei 29 anos atuando como escriturária – secretária – e agora ensino os internautas a trabalharem em casa pela internet”, ressalta. 

 Por outro lado, depois de mais da metade da vida na ativa, só um descanso pode recuperar energias vitais. Aposentado pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) desde 1997, Arnaldo Ferreira, 67, ocupou a gerência industrial da Oxiteno, em Mauá, até 2006. No total, sua história na empresa química soma 35 anos e, agora, reserva seu tempo para dedicar-se à família. “A dádiva de ser avô é a melhor coisa que acontece na vida de um homem”, relata Ferreira.

 Voltar à sala de aula pode ser uma opção. De acordo com a coordenadora peda gógica da Faculdade da Terceira Idade, em São Bernardo, Salete Valente, houve crescimento na procura de idosos entre 50 e 89 anos, em busca da atualização de conhecimentos. “Além da grande demanda, tenho aprendizes que me acompanham na escola desde sua fundação, quando associei-me como professora, em 1998”, declara. As matrículas estão abertas e as aulas começam no dia 6.

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