Em plena campanha salarial, os trabalhadores das indústrias farmacêuticas da região já compuseram e encaminharam nesta semana as cláusulas da pauta de reivindicação para este ano.

Com data-base em 1º de abril, a ideia é marcar a primeira rodada de negociação com a classe patronal logo depois do Carnaval. "Isso deve acontecer entre os dias 15 e 16", afirma o coordenador do Sindicato dos Químicos do ABC - regional Diadema, Raimundo Suzart.

Segundo ele, o objetivo da entidade sindical é firmar acordo até o início do mês seguinte. "Tentamos nos antecipar, já que sabemos o quão difíceis e trabalhosas são as negociações".

PAUTA - Os colaboradores do setor reivindicam neste ano reajustes de salários (aumento de 13% - sendo 6% de reajuste real e o restante de reposição de inflação) e piso (que está em R$ 835), PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 2.000 para todos os trabalhadores (hoje em R$ 1.200), vale-alimentação (atualmente em R$ 90), acesso a medicamentos e licença-maternidade de 180 dias (seis meses).

Na região, as indústrias farmacêuticas reúnem cerca de 2.000 trabalhadores.

BALANÇO - Acompanhando a indústria química como um todo, os resultados da indústria farmacêutica foram muito positivos em 2010.

Segundo dados da própria entidade que representa a patronal nas negociações com os trabalhadores, o Sindusfarma, o volume de vendas cresceu em 2010, somando mais de 2 bilhões de unidades comercializadas.

E, por consequência, o faturamento líquido das empresas instaladas no Brasil cresceu 16,3% em relação a 2009, e atingiu R$ 35,1 bilhões.