O Instituto do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, colocará em funcionamento, nos próximos dois meses, o primeiro banco de sangue de cordao umbilical e de placenta na América Latina. A resoluçao do CFM prevê que a mae aceite que a criança passe por exames nos primeiros três meses de vida para que seja descartada qualquer possibilidade de doença. Além da mae, o médico e duas testemunhas assinam o termo de consentimento.
A resoluçao foi adotada para evitar riscos de uso indevido das placentas e do cordao umbilical. "Todos se lembram de quando o sangue era vendido no Brasil", justificou o vice-diretor do Centro de Transplante de Medula Ossea do Inca, Luiz Fernando Bouzas. "Foi uma medida de precauçao, para garantir a segurança e a idoneidade na aplicaçao desta nova técnica", confirma o conselheiro do CFM, Nei Moreira da Silva.
Aplicaçao - O transplante de medula é indicado para casos de câncer, como leucemia e linfoma. Há 30 anos o tratamento é feito com o doente recebendo células sadias retiradas da medula de doadores. Mas o uso do sangue do cordao umbilical vem tornando mais simples o procedimento. Por existir em quantidade, também aumenta as chances de obtençao de células compatíveis com as do receptor. "Nao é necessária técnica muito refinada para coletar o sangue do cordao umbilical, que, em geral, é jogado fora", conta o vice-diretor do Centro de Transplantes do Inca.
Com a instalaçao do banco de sangue, o Inca quer coletar em três anos, de 6 mil a 8 mil unidades, atendendo pessoas de todo o país que estejam ligadas a algum serviço vinculado ao Sistema Unico de Saúde (SUS).
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