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Caminhoneiros paralisam atividades por três dias
Do Diário OnLine
Com Agências
26/07/2004 | 20:37
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Parte dos caminhoneiros do país iniciaram na madrugada desta segunda-feira o chamado ‘Paradão Nacional’, dando início à greve de 72 horas anunciada na semana passada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros). De acordo com a associação, o nível de adesão varia de acordo com a região, mas na média chega a pelo menos 35%.

Mais de 90% dos caminhoneiros do Rio Grande do Sul cruzaram os braços, segundo a Abcam. Também houve boa adesão em Santa Catarina (40%), Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso - os quatro Estados com 30%. Segundo a Abcam, em São Paulo e Minas Gerais, a porcentagem foi menor. Na capital paulista, a adesão foi de cerca de 20%, com os maiores focos voltados para São Bernardo e Santos. Em Minas, foi de 20% e, no Paraná, de 25%.

A categoria reivindica a aplicação de R$ 8 bilhões dos recursos da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) na recuperação das malha rodoviária brasileira. Segundo o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, nesse período, 94 milhões de toneladas de cargas deixarão de ser transportadas. A frota nacional de caminhões é de cerca de 1,2 milhão.

Antes de iniciar o movimento, a Abcam aconselhou os transportadores de cargas perecíveis ou vivas a anteciparem as entregas, evitando assim a perda do produto. Fonseca garante, ainda, que a manifestação será pacífica.

Atitude isolada - Representantes da Frente Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas estiveram reunidos na tarde da última quinta-feira com os ministros Ciro Gomes (Integração Nacional), Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e Alfredo Nascimento (Transportes). Durante o encontro, Nélio Botelho, do Movimento União Brasil Caminhoneiro, disse que a decisão de promover uma paralisação é uma atitude isolada da Abcam.

Nessa mesma reunião os Ministérios da Justiça e dos Transportes se comprometeram a trabalhar para que os pontos reivindicados pela categoria sejam atendidos o mais rápido possível. De acordo com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, o atendimento às reivindicações é totalmente viável.

Nascimento garantiu que a recuperação da malha rodoviária já foi iniciada e a expectativa do governo é de em pouco tempo sejam restabelecidas as condições de tráfego das rodovias federais, informou o Ministério.




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