De acordo com especialistas, os custos crescentes para cada passageiro (assento/milha) são uma tendência preocupante em uma indústria com dificuldade em tomar as rédeas de suas despesas.
"Nós acreditamos que as companhias áreas perderam um pouco do controle de custos", disse o analista do setor de aviação da UBS, Darryl Genovesi. O desafio tem pressionado as ações das empresas. Depois do crescimento dos custos com combustível, o maior salto nas despesas neste ano foram as compensações de trabalhadores.
O CEO da norte-americana Delta, Ed Bastian, disse durante evento de investidores em 14 de dezembro que estava desapontado com os custos unitários do setor que, excluindo o combustível, devem subir até 5,5% no quarto trimestre na comparação anual. As empresas olham para os custos sem o combustível por se tratar de um indicador que elas podem exercer algum tipo de controle.
Bastian disse que o plano da Delta é cortar US$ 1 bilhão em custos nos próximos anos e controlar o crescimento das despesas não ligados aos combustíveis para uma média de 2% ao ano.
As companhias também têm colocado mais assentos nos aviões como uma forma de conter custos. Entretanto, aeronaves mais lotadas e com espaço menor entre as poltronas são bastante impopulares entre os clientes.
Apesar das preocupações, no geral, as áreas dos Estados Unidos ainda apresentam bons resultados. O setor caminha para fechar 2017 no oitavo ano seguido no azul - um recorde. Mas, para manter a trajetória, elas precisam conter despesas trabalhistas e continuar reduzindo custos, disse o analista da Raymond James & Associates, Savanthi Syth.
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