Palavra do Leitor Titulo Artigo
Tempo de superar diferenças
Do Diário do Grande ABC
25/12/2017 | 10:36
Compartilhar notícia


Artigo

Sim, este é um texto de Natal! Um daqueles artigos que exaltam o clima amistoso e festivo, da época, como possibilidade de reaproximação dos parentes, amigos, mas, também, de pausa em conflitos, de trégua com os inimigos.

Não, não irei propor que você abandone suas convicções, crenças. Nada de passar por cima de sua história, de sua formação. Cada ser humano é único, essencialmente diferente, e essa ‘impressão digital’, essa identidade, é uma riqueza incalculável.

Não se repete um ser humano. E mesmo se uma clonagem fosse possível, haveria ainda o ambiente, as experiências e a história para imprimir-nos características únicas. E isso diz também de uma inevitável solidão. Nasce-se só e, quando a cortina da vida se fecha, deixa-se o palco, sob aplausos, só. Não há que temer esse ‘cantinho sem ninguém’, o silêncio. Ele é que consolida a existência e, para quem crê, revela uma presença suave, profunda, com quem se quer ‘só contigo (eu) ficar’ (trecho da canção O Amor Vencerá, de padre Jonas Abib).

Sim, apesar disso tudo que se vê nas redes sociais, com ‘cenas’ de intolerância explícita, ódio gratuito e irracionalidades; apesar das perspectivas políticas de um novo ano eleitoral, que provavelmente será marcado por extremismos e agressividades, fake news e outras baixarias.

Apesar de todas as razões para discordar e perder a paciência e, de fato, não se pode ser ingênuo, a proposta é: ‘Dar as mãos’. Abraçar de verdade, beijar, perdoar, ‘lavar a alma’, se dar esse presente. O tempo no qual vivemos está frio demais, violento demais, chato demais. Este Brasil está irreconhecível e, pior: menos alegre, amistoso, acolhedor.

Por que não deixar que o outro tenha razão, só uma vez? Lembro-me de um tio de um amigo meu, morador da roça, em Minas Gerais, que tinha um jeito peculiar de se manter em paz e harmonia com amigos e parentes.

Quando a conversa se direcionava para um caminho perigoso, de discussão forte, acalorada, e divergências, ele sentenciava a quem provocava a confusão: ‘Você tá certinho’! Era a ‘deixa’ para se mudar o rumo da prosa...  

Diga, então, só por hoje: ‘Você está certinho’. O mundo não vai acabar por isso. Mas sua família, com este gesto, pode ter um recomeço harmonioso. E, ao nos permitirmos um passo diferente, talvez, quem sabe, reencontremos o nosso melhor.

Feliz Natal!

Osvaldo Luiz Silva é jornalista, autor dos livros Ternura de Deus e A Vida é Caminhar, pela Editora Canção Nova, editor da Revista Canção Nova e presidente da Acla (Academia Cachoeirense de Letras e Artes), em Cachoeira Paulista, São Paulo.

Palavra do leitor

Boas-Festas
O Diário recebe e retribui votos de Boas-Festas a Ford; Masp (Museu de Arte de São Paulo); Beauty Gift; Belas Artes; Iara Barbosa; Justino de Oliveira Advogados; Tomaso Pina – Pediatria e Homeopatia; Instituição Assistencial e Educacional Dr. Klaide; Equipe Atual Imagem; Scritta; Printec Comunicação; Lafaiete Mobiliário Científico; Sitivesp; Narciso Moreira Preto; Scaramella Press; Gengibre Comunicação; De Fatho Comunicação; Bertolucci & Ramos Gonçalves Advogados; Marcus Vinicius Ramos Gonçalves; Grupo Printer Comunicação; Tantas Comunicação; Juliana Freitas; Agência Comunicado; Stab – Regional Sul; Comunicação Vertical; Elenita Andrade; Original 123 Comunicações; Silvana Deolinda; ESV Brasil; Clínica Julio Peres.

Ele conta contigo
Natal sempre será a relembrança límpida, amável e altissonante do Cristo. Cristo é Natal para todos os dias. Cristo é amor em todos os momentos. Cristo é convite vitalício, e irrecusável, à superação, à vitória e à felicidade. Ave, Cristo!
Renzo Sansoni
Capital

Maluf
Lamentavelmente a prisão decretada pelo ministro e ‘ser supremo’ Edson Fachin ao excelentíssimo escroque da política brasileira Paulo Maluf mostra claramente a degradação do Judiciário neste País. De nada adiantará essa prisão midiática! O mal foi feito e os desvios no erário, consumados. Nossa Justiça é lenta e retrógrada. Judiciário corporativista, vive protegendo seus interesses e, agora, quando vê os super-salários virem à tona na categoria, quer posar de paladino e salvador da Pátria. Essa prisão tardia vem demonstrando a ruína das instituições brasileiras, com classe política deteriorada e Judiciário capenga. Resta ao cidadão trabalhar e pagar seus impostos. Não se pode depender de políticas públicas ou do Judiciário, pois caminham de mãos dadas contra a sociedade de bem.
Ailton Gomes
Ribeirão Pires

A simplicidade
Trabalho como operadora de caixa em supermercado em Valença do Minho, em Portugal. Antes disso, sou formada em Medicina Veterinária e trabalhei durante 11 anos na área. Deixei tudo e todos que eu mais amava para recomeçar ciclo, experienciar aventura sozinha, descobrir meus limites, fugir da gaiola e aprender a voar para qualquer destino. E posso afirmar com toda segurança que atender pessoas em supermercado é a maior faculdade da minha vida. Ser operador de caixa de supermercado é muito mais que passar código de barras no leitor. Minoria é suportar a arrogância de pessoas mal-educadas em silêncio, falar sozinho com cliente que não é mudo, ser humilhado sem retrucar, suportar a superioridade de pessoas vazias, ser paciente com clientes conflituosos, rir de piadas repetitivas, tentar ser compreensivo a maior parte do tempo. Maioria é ter clientes amigos, ganhar chocolate como agradecimento, sorrir e ser retribuído com sorriso maior, receber abraço ou aperto de mão, ver criança ajudar-te a passar as compras ou pagar seu primeiro brinquedo, receber palavras carinhosas de desconhecidos, tentar ser agradável a maior parte do tempo. Você está sendo observado o tempo todo. Qual cliente você gostaria de atender se fosse você o atendente? Precisamos olhar no espelho todos os dias e nos reconhecer naquilo que desejamos. Se desejas mundo melhor, não precisas almejar grandes realizações, apenas comece a tratar as pessoas como pessoas e mude o mundo ao seu redor.
Vanessa Vertematti Duarte
São Bernardo

Fiscalize-se
O negócio de privatização de cemitérios em São Bernardo não é bom (Política, dia 14). A menos que se aprove legislação permitindo a construção de prédios de túmulos, o que poderia aumentar a capacidade de oferta. A cidade passa por algumas situações que nos colocam em alerta. É necessário que os legisladores estejam atentos e não só falem ‘amém’ aos projetos do Executivo. Fiscalização sempre! Que tal atentarem para os prestadores de serviços nos cemitérios e nas floriculturas?
Luizinho Fernandes
São Bernardo

Editorial
Em atenção ao Editorial ‘Alerta às concessionárias’ (Opinião, dia 20), a Ecovias esclarece que cumpre rigorosamente suas obrigações contratuais, buscando sempre aplicar as melhores técnicas e tecnologias a favor do usuário. Em 19 anos de atuação, a empresa aplicou R$ 8,5 bilhões em melhorias na infraestrutura viária e serviços na operação do SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes). No Grande ABC, por exemplo, os pedestres contam com 41 dispositivos – entre passarelas e pontos de travessia – para que os usuários atravessem as rodovias com segurança. No entanto, a maioria dos atropelamentos ocorre em distância de até 500 metros de passarela ou travessia de pedestres. Ainda assim, desde que a Ecovias assumiu a administração do SAI, os números de acidentes e mortes têm caído ano após ano em todo o trecho. Vale lembrar que, com o propósito de reduzir o número de acidentes em todo o SAI, a Ecovias reúne, semanalmente, profissionais de diversas áreas da companhia para discutir medidas de segurança viária por meio do PRA (Programa de Redução de Acidentes). Dentre as medidas, estão o telamento no canteiro central para evitar a travessia de pedestres pela rodovia e o plantio de sansão-do-campo, que serve como barreira natural. É importante destacar que as rodovias do SAI estão entre as 20 melhores do País, de acordo com a 20ª pesquisa da Confederação Nacional do Transporte, e sua malha viária segue os critérios determinados pela Artesp (Agência de Transportes do Estado de São Paulo).
Ecovias 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;