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Cachorro dilacera braço de homem no RJ
Do Diário do Grande ABC
23/02/2000 | 16:55
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O balconista Joao Batista Lopes, 40 anos, teve o braço esquerdo dilacerado por um cao terça-feira à noite, no centro do Rio . Ele foi atacado por um cachorro da raça American Star Forshire, chamado Kimo. O cao e a pit bull Tora fugiram do canil nos fundos de uma pensao, no Centro.

O ataque foi interrompido com a chegada de um policial militar, que disparou contra os caes. Há risco de Lopes ter o braço amputado.

Tora, que nao participou do ataque, foi atingida por vários tiros e morreu na hora. Uma bala atravessou a perna de Kimo, que será sacrificado. O ataque ocorreu por volta das 22h30 e durou cerca de 20 minutos. Lopes, morador da pensao há um mês, deixou seu quarto para ir ao banheiro, perto do canil, no momento em que os caes se soltaram.

"Ele se assustou e tentou se defender, o que provocou a reaçao do Kimo", contou o empreiteiro André Gustavo, 40 anos que havia acabado de chegar à pensao. "O rapaz ainda conseguiu subir a escada, mas o cachorro nao o soltava".

Moradores chamaram o tenente do 13.º Batalhao da Polícia Militar (Praça Tiradentes) Gilbert dos Santos, que passava pelo local. Ao subir as escadas, Gilbert se deparou com a cadela, que "latia violentamente", segundo testemunhas, e atirou.

"O policial agiu corretamente para evitar que o massacre ao cidadao continuasse", afirmou o comandante do 13.º BPM, Hélio Luiz Azevedo. "Nao dava tempo de perguntar qual dos animais era feroz." Os disparos assustaram Kimo que voltou para o canil.

"Ele tem dois anos e fez como criança: fugiu, fez travessura e voltou para casa", disse o segurança e tatuador Wilson de Souza Thomé, 36 anos, dono dos caes. Ele contou que alimentou os animais por volta das 22h e saiu para trabalhar. "Nao sei como eles conseguiram escapar."

Thomé foi convocado a levar o cao até a Sociedade Uniao Internacional Protetora dos Animais, onde Kimo ficará sob observaçao. "Vou sacrificá-lo, nunca quis um cao feroz", afirmou Thomé.

Segundo vizinhos, os caes eram mansos e nao haviam atacado moradores antes.

Thomé foi indiciado por lesao corporal culposa e negligência no trato de animais, crime que prevê pena de um ano de prisao.

O balconista atacado por Kimo passou por cirurgia de seis horas. Ele está internado, em observaçao, no Centro Cirúrgico do Hospital Souza Aguiar. "Existe o risco de perder o braço, nao pela lesao em si, mas pelo processo infeccioso que ele pode desenvolver", afirmou o chefe de cirurgia vascular, médico Rossi Murilo.




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