Nacional Titulo
Aumenta número de crianças na escola
Do Diário do Grande ABC
30/11/1999 | 18:15
Compartilhar notícia


O número de crianças entre 7 e 14 anos na escola cresceu 1,7 ponto porcentual entre 1997 e 1998 - de 93% para 94,7%, - confirmando uma tendência dos últimos cinco anos. De 1993 até o ano passado, a proporçao de meninos e meninas dessa faixa etária que estao fora das salas de aula caiu de 11 5% para 5,3%. "Esta foi uma das melhores notícias da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)", avaliou o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sergio Besserman. "As mudanças na educaçao estao ocorrendo num ritmo rápido - talvez menos do que desejávamos, mas aceleradamente de qualquer forma - e isto é algo que muda o Brasil".

Durante o 5.º Seminário Nacional do Programa Alfabetizaçao Solidária, em Brasília, o ministro da Educaçao, Paulo Renato Souza, lembrou que a PNAD obteve dados parecidos com os do Censo Escolar, apesar de as metodologias serem diferentes. No caso da PNAD, a coleta é feita diretamente com as famílias, selecionadas por amostragem, enquanto no censo a fonte sao as escolas. Isso reforça, segundo o ministro, a certeza de que a tendência apontada pelos levantamentos está correta.

"É claro que os efeitos nao sao imediatos, mas serao sentidos daqui a alguns anos", afirmou Besserman. Uma prévia disto está nos resultados da PNAD sobre o ensino de 2º grau. Em cinco anos, o porcentual de pessoas acima de 10 anos de idade que tinham concluído o 2º grau subiu de 14,4% para 18%. A pesquisa do IBGE mostrou também que manteve-se a tendência de a taxa de escolarizaçao de meninas ser superior à dos meninos, embora a diferença entre os dois sexos esteja caindo. No grupo entre 7 e 14 anos, a proporçao de meninos fora da escola ficou em 5,6%, enquanto que a de meninas foi de 5%. Entre 1993 e 1998, estes porcentuais estavam, respectivamente, em 12,3% e 10,5%.

Nordeste - Apesar das boas notícias, a PNAD demonstrou que a defasagem entre o Sul e Sudeste e o Nordeste do País continua alta. Em cinco anos, a taxa de analfabetismo na faixa etária dos 10 aos 14 anos - quando se espera que a criança esteja alfabetizada - caiu de 26,7% para 16,8% no Nordeste. Mas os números atuais da regiao estao muito distantes dos índices das áreas mais desenvolvidas do País: no Sudeste, o analfabetismo desse grupo etário ficou em 1,6%; no Sul, em 1 2%.

"A situaçao no Nordeste continua muito difícil, mas é nesta regiao também que vem sendo registrada a mais acelerada evoluçao na taxa de escolarizaçao e as maiores quedas no analfabetismo", argumentou Besserman.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;