O nível de emprego na construção civil cresce na esteira do aquecimento imobiliário. O número de posto de trabalho com carteira assinada aumentou 20,87% nas sete cidades do Grande ABC em abril na comparação com igual período do ano passado, o que representa 5.031 novas vagas, totalizando 29.133 empregos.

O desempenho da região acompanhou o índice do Estado durante o período: 21,39%. O desempenho foi melhor na Capital: aumento de 25%, segundo levantamento foi feito pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e pela FGV (Fundação Getulio Vargas) Projetos.

Segundo a diretora da regional do SindusCon-SP, Rosana Carnevalli, esse cenário favorável é reflexo dos investimentos feitos por construtoras na Região Metropolitana. No ano passado, o mercado imobiliário movimentou a região com vários lançamentos, atualmente em plena fase de construção. "É por isso que, neste ano, principalmente no segundo semestre, o índice de contratação no setor tende a aumentar", estima Rosana.

No Grande ABC, a cidade que dispunha de mais empregos no setor em abril foi São Caetano, que respondeu por 26,75% do total de vagas ou 7.792 postos ocupados. Santo André vem a seguir, com 7.424 vagas.

São Bernardo soma 5.528 empregos e Diadema, 5.077. As demais oportunidades de trabalho estão distribuídas entre Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

A liderança de São Caetano deriva dos empreendimentos de grande porte voltados para as classes A e B que compõem o portfólio de negócios imobiliários da cidade, que se destaca por liderar o ranking municipal de IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) na Grande São Paulo. O índice da cidade, de 0,919, indica um nível de desenvolvimento humano equivalente ao da Nova Zelândia.

"Mesmo sendo um município pequeno, São Caetano se destaca pelo padrão de vida. Grandes empresas investem pesado em empreendimentos voltados para a classe A e B", explica Rosana.

Para a diretora da regional, neste ano, construtoras devem diversificar os investimentos, com empreendimentos voltados para as classes C e D, em outras cidades, para superar um ‘gargalo' local: a falta de grandes terrenos.

"O foco das empresas será Santo André e São Bernardo", disse Rosana. Isso também é um indicador positivo para o mercado de trabalho do setor.