Automóveis Titulo
Influência que deu certo
Thais Villaça
Especial para o Diário
21/11/2006 | 19:30
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Casada com um apaixonado por carros antigos, a empresária do ramo de transportes Marina Rossi Geraldini, 47 anos, de São Bernardo do Campo, acabou entrando na dança. “Meu marido coleciona carros antigos há 20 anos. Passei a acompanhá-lo nas reuniões do Clube do Fordinho, do qual fazemos parte, e ele me deu de presente em 2004 um Ford Tudor 1929”, conta.

O carro, comprado por cerca de R$ 35 mil, não estava em boas condições, tendo de ser completamente restaurado. Quase dois anos mais tarde, depois de gastar R$ 90 mil, o modelo ficou digno de aplausos, com motor de 4 cilindros e 40 cv de potência que atinge 110 km/h.

O casal conta hoje com 12 automóveis dos mais variados anos das décadas de 40, 50, 60 e 70, incluindo dois modelos Ford de 1929. Todos se encontram em perfeitas condições e possuem placa preta de colecionador, concedida aos veículos com mais de 30 anos de fabricação que apresentam, no mínimo, 80% de originalidade.

Para abrigar tantos carros, é usado o galpão da empresa da família. “Não rodamos com os veículos no dia-a-dia, portanto os deixamos guardados. Trazemos para casa só quando vamos viajar para algum evento do clube. Também moro em uma casa pequena e não daria para deixar todos aqui.”

Pronto há apenas seis meses, o Tudor já recebeu dois prêmios por seu visual esmerado, em Santos e em Lindóia, cidade que promove a maior e mais tradicional feira de automóveis antigos da América Latina.

Mesmo em total integração com os participantes do Clube do Fordinho, Marina também participa da Sociedade Feminina de Autos Antigos. “Não há preconceito contra as mulheres no meio, mas algumas colecionadoras resolveram se reunir para promover eventos sem depender dos maridos. Mesmo não tendo sede própria, nos encontramos em clubes das mais diferentes marcas”, afirma.

De acordo com a empresária, o único porém é que o antigomobilismo é um hobby muito caro. As peças originais geralmente são trazidas dos Estados Unidos ou restauradas por membros do clube.

Hoje, Marina diz que não venderia seu carro por valor nenhum. “Sem restauração, é possível encontrar automóveis baratos, mas para quem passa anos reformando um carro, como eu, não há preço que convença”, conclui.



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