Lançado em 2012, o Toyota Etios é comumente criticado por seu desenho. Mas, apesar do design controverso, ele tem conseguido bons números de vendas. Para entender virtudes e deslizes do modelo, o Garagem360 avaliou por uma semana a versão X 1,5 litro automática da carroceria sedã.
O Etios é um carro agradável de dirigir. Os pedais são leves e a direção elétrica tem boas respostas e peso ideal. Porém, o câmbio automático poderia ter mais marchas para ajudar no consumo – e também para reduzir o ruído. Com apenas quatro velocidades, a transmissão não casa com o bom motor do sedã. Ela pode ser apontada como a vilã para o consumo médio (cidade/estrada) de 8 km/l com gasolina.
Outro ponto que merece destaque no Toyota é o espaço interno. Mesmo com um motorista medindo 1,87 m, todos os cinco ocupantes chegaram bem e com muito conforto depois de uma viagem até o litoral paulista. As malas também foram sem aperto no porta-malas de 562 l. Só para efeito de comparação, o Corolla leva 470 l em seu bagageiro.
Raio-X
Toyota Etios sedã X 1.5 (automático)
Motorização: 1,5l Dual VVT-i 16 válvulas 107 cv/102 cv (etanol/gasolina)
Torque máximo líquido: 14,7 kgfm a 4 mil RPM/ 14,3 kgfm a 4 mil RPM (etanol/gasolina)
Transmissão: Automática de quatro velocidades
Dimensões: 4,36 m x 1,69 m x 1,51 m (comprimento x largura x altura)
Distância entre eixos: 2,55 m
Peso em ordem de marcha: 965 kg
Tanque de combustível: 45 L
Consumo: 8 km/l cidade/estrada com gasolina (pelo computador de bordo)
Porta-malas: 562 L
Preço: R$ 56.650
Pontos positivos: espaço para cinco adultos, porta-malas amplo, boa dirigibilidade na estrada, painel digital moderno
Pontos negativos: ausência de som, câmbio automático de quatro marchas, ruído interno é um pouco alto
Na traseira, o assoalho quase plano foi elogiado pelo quinto adulto a bordo. E isso realmente é algo que sempre merece ser destacado, já que o túnel central elevado dificulta muito a vida de quem viaja no meio do banco traseiro.
O Etios se destaca mais por ser uma compra racional, do que passional. Se o design nunca foi seu forte, o modelo sedã oferece amplo espaço interno, um bom motor e espaço invejável até para as malas. Entretanto, essa versão automática poderia ter uma caixa mais moderna. Isso deixaria ainda melhor o prazer ao dirigir, além de ajudar no consumo.
A falta de um aparelho de som também pode frustrar quem está interessado na configuração de entrada do modelo. Por se tratar de um carro de R$ 56 mil, esse acessório tornaria o custo-benefício mais favorável. As rodas do veículo testado também não fazem parte dos itens de série, e que precisa ser adquirida a parte.
O veredito do modelo é favorável, mas talvez as versões mais completas compensem mais, principalmente para quem não abre mão de um aparelho de som ou uma central multimídia.
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