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O imperdível da capital
Cristie Buchdid
Do Diário do Grande ABC
25/03/2010 | 07:00
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Assistir a um show de flamenco, conferir o luxo do Palácio Real, passear pela movimentada Plaza Mayor ou derramar lágrimas em tourada por sentir dó do animal. O que pode ser inesquecível em Madri? Sem dúvida, experimente de tudo. Cidade de muitas faces, a capital espanhola tem áreas elegantes e bem cuidadas.

O topo do ranking vai para o Palácio Real, um dos monumentos arquitetônicos mais importantes da Europa. Em suas suntuosas dependências encontram-se estuques folheados a ouro e tesouros artísticos, como porcelanas, tapeçarias e telas de artistas plásticos como Goya. São quase 3.000 aposentos, dos quais mais da metade está aberta à visitação. No passado, a área abrigou o castelo muçulmano Alcázar, do século 9. Após incêndio, a reconstrução foi concluída em 1764. É válida uma dica para o turista não se frustrar: o espaço fecha para cerimônias oficiais sem aviso prévio. Quando o rei da Espanha, Juan Carlos I, está hospedado, esqueça! É comum ver filas de turistas reclamando, em vão, na porta do palácio por não conseguirem entrar. Com sorte, é possível ver a troca da guarda na porta principal.

O Teatro Real, em frente ao palácio, merece ser visitado. Desde 1997, o teatro lírico recuperou o glamour das apresentações de ópera do século 19. Além da sala de espetáculos, conta com inúmeros ambientes decorados como o interior de um palácio. O piso superior abriga finíssimo restaurante. Entre o teatro e o palácio, a Praça do Oriente também merece fotos. Destaque para a estátua equestre de Felipe IV, com estudos dos mestres Velázquez e Galileu Galilei. Nos arredores, ruas encantam pela riqueza e bom gosto. Estique até a Plaza de España.

Com entrada gratuita, o Parque del Retiro é o refúgio dos madrileños nos fins de semana. Antigo território real, foi aberto à aristocracia em 1767. Só após 100 anos, o público teve acesso. É gostoso se perder pelo parque e ao mesmo tempo encontrar paisagens belíssimas. Jardim em estilo francês, peças decorativas, lagos e fontes são alvos de câmeras fotográficas. Uma das paisagens tradicionais é o Estanque, onde barquinhos a remo convidam para momento relaxante.

O Palácio de Cristal, cuja imagem se reflete no lago, é um dos cartões-postais do Parque del Retiro. Construído em 1887, foi inspirado em seu homônimo inglês.

Quem ama flores deve sentir o perfume da Rosaleda, área criada em 1915 com mais de 4.000 roseiras de 100 variedades. Outro ponto de parada do parque é o Palácio de Velázquez, um centro de exposições cuja fachada se destaca pelo friso azulejado em tijolos rosa e amarelos. Apresentações culturais e flora diversificada são outras atrações. Em frente a uma de suas entradas, a Porta de Alcalá é parada obrigatória. O imponente arco desenhado por Francisco Sabatini em 1769 simboliza a porta de entrada à Espanha para visitantes de todo o mundo.

Do parque, a dica é caminhar a pé para visitar alguns monumentos próximos. Nos arredores, a Praça de Cibeles, projetada por Ventura Rodríguez, representa a deusa da natureza e abundância conduzindo a biga puxada por dois leões. No subsolo está a reserva de ouro da Espanha, guardada em cofres. Atrás do monumento, o imponente Palácio das Comunicações, conhecido como correio central, com influência art déco e teto de vitrais.

Ali perto, na esquina da Calle Ricoletos, o Palácio Buenavista, de 1777, que pertenceu a Alba, amante de Goya, e hoje é o quartel general do exército. Nos arredores, o edifício Metrópolis, obra neobarroca de 1905 que é símbolo da cidade. Destaque para a cúpula, com guirlandas de bronze ao redor. De lá, caminhe também pelo arborizado Paseo del Prado, um dos principais eixos da cidade, onde é possível relaxar em meio ao agito urbano.

Quietute total, no entanto, só no Monastério de las Descalzas Reales, atualmente museu com telas, afrescos, esculturas, tapeçarias e outras obras, sendo a maioria sacra. O espaço foi um palácio, comprado em 1555 por Joana da Áustria, irmã de Felipe II, que fundou no local um convento. Chamadas de nobres descalças, as monjas franciscanas eram de origem aristocrática.




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