Em um festival de filmes árabes independentes realizado em Londres - raríssima chance de se ver este trabalho - diretores falaram de suas expectativas em relaçao ao renascimento da indústria cinematográfica árabe.
Mohamed Malas, um cineasta sírio que mostrou seu curta sobre prisioneiros políticos, ``On the Sand, Under the Sun', disse que ainda nao sabia se seu filme seria visto na Síria. ``Até agora, o filme nao foi proíbido, mas ainda nao foi programado,' disse ele.
Outro filme, da cineasta egípcia Tahani Rached, ganhou o prêmio do melhor documentário no festival londrino por seu inspirado retrato de uma amizade entre quatro mulheres diametricalmente opostas de seculares e islamitas backgrounds. ``Discutir religiao assim é totalmente fora da televisao nacional,' disse Tahani.
Estes cineastas árabes que tentam escapar da censura conseguindo fundos no exterior, ou até mesmo emigrando, enfrentam outro problema: suas idéias geralmente nao sao bem vistas pela indústria cinematográfica ocidental.
O organizador do festival londrino, Mohamed Makluf, disse que a situaçao muitas vezes força os cineastas a produzirem suas idéias em baixo orçamento, sabendo que jamais serao vistos. ``Há uma frustraçao entre os cineastas árabes, pois seus filmes nao serao exibidos nem nos cinemas e nem na televisao,' nem no mundo árabe e nem no mundo ocidental, assinalou Makluf.
``No cinema iraniano, por causa dos tabus e da censura, os cineastas conseguiram desenvolver uma formidável linguagem cinemática e estética, e têm produzido um cinema de um extraordinário aldo padrao,' afirmou.
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