Automóveis Titulo
Popular com apelos racionais
Landa Xavier
Da Redaçao
19/09/2000 | 17:51
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Quem está à procura de um carro com bom desempenho, mas só pode pagar pelo preço de 1.0, tem uma ótima oportunidade com os modelos Fiesta nas versoes GL e GL Class, da Ford. Isso porque o motor Zetec Rocam, que passou a equipar os veículos no final de 1999, é indiscutivelmente superior aos outros motores que equipam os chamados populares.

O Diário testou o Fiesta GL por aproximadamente 500 km em trechos rodoviários e urbanos. Com potência de 65 cv a 6 mil rpm e torque de 8,9 kgfm a 3,25 mil rpm ele nao decepcionou. Seu desempenho e suas retomadas em nada fazem lembrar os outros mil de 8V (com exceçao do Ford Ka que é equipado com o mesmo motor), que devem comer poeira atrás do desempenho invejável conseguido pelo Fiesta.

Graças ao torque máximo em regime de baixa rotaçao, o Zetec Rocam assegurou a aceleraçao necessária para ultrapassagens seguras na estrada. Na cidade, o curso pequeno da direçao e a estabilidade da suspensao ofereceram uma grande sensaçao de agilidade e segurança. A boa dirigibilidade oferecida pelo veículo é, assim, outro ponto forte.

Com essa motorizaçao, o Fiesta perdeu, definitivamente, a posiçao de um dos carros mais lentos do mercado. Além disso, o conjunto mecânico merece destaque, pois tem câmbio de fácil manejo, direçao precisa e freios eficientes. Em relaçao ao consumo, fica na média com os demais, sem méritos. Na prática, o veículo fez cerca de 12 km/l, apesar de a montadora divulgar 13,7 km/l.

Embora a Ford tenha acertado em cheio no quesito motorizaçao, talvez tenha pecado nas poucas alteraçoes estéticas. Apesar do Fiesta ter ficado com um visual um pouco mais atraente se comparado ao design ultrapassado de seu antecessor, ele ainda nao está bonito. A maquiagem o deixou apenas um pouco mais charmoso.

As maiores modificaçoes ficaram mesmo na parte dianteira. Os faróis, por exemplo, têm lentes mais modernas e um corte um tanto mais agudo. A grade ficou com formas mais ovais. A entrada de ar no pára-choque ganhou insinuantes faróis de neblina, que causaram um efeito diferenciado. Além disso, os pára-choques trazem uma moldura estreita preta na parte superior, o que realça o contorno do carro.

Pena que a traseira do veículo continue igual à versao anterior. Apenas ganhou um spoiler na parte superior do vidro. O interior do Fiesta, por sua vez, também teve algumas novidades. O hodômetro deixou de ser analógico para se tornar digital e os revestimentos estao com melhor acabamento. O porta-luvas é bem espaçoso, porém, como é localizado abaixo do espaço que seria destinado ao air bag (caso tivesse), fica distante do fácil alcance do motorista.

Um ponto positivo e outro negativo merecem destaque no Fiesta. O primeiro é o bom espaço para os passageiros dos bancos traseiros. O outro, por sua vez, é a altura do teto, muito baixa. Uma pessoa com mais de 1,75 m de altura, certamente teria dificuldades para dirigir o veículo por um longo tempo.

A versao testada custa R$ 15.960 e tem como opcionais banco traseiro bipartido e limpador e desembaçador do vidro traseiro. A versao GL Class traz vidros e travas elétricas e pára-choque pintado na cor da carroceria. Os opcionais sao air bag e rodas de liga-leve. n




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